terça-feira, 16 de junho de 2020

Como diria o outro: "o que vale é que há sempre interessados"...

No final do século 20 e nos primeiros anos do actual, os executivos presididos por Santana Lopes e Duarte Silva endividaram o concelho muito para lá dos limites. Gastaram, endividaram-se ainda mais (a dívida da autarquia já tinha começado com Aguiar de Carvalho), usaram todos os processos possíveis e imaginários para poderem continuar a endividar-se: o objectivo foi claro e simples de entender - financiar os exageros da propaganda da campanha de Santana Lopes, que o haveria de levar a presidente da Câmara de Lisboa.
Ainda hoje corre por aí que Santana colocou a "Figueira no mapa e na moda"!..
O resultado final foi o que conhecemos: um endividamento brutal que  permitiu a um pequeno concelho comportar-se como se fosse um parolo que acabou de ganhar o Euromilhões: a Figueira passou a ser uma cidade sempre em festa. E, ainda hoje, assim acontece!.. 

Mas a máquina dos milagres gripou. E ficou um buraco de mais de 90 milhões de euros. O modelo assente em dívidas falhou. Durante alguns anos, a partir de 2009, forçada pela realidade da lei, teve de haver uma mudança.
Foi sol de pouca dura, porém. Agora, o objectivo passa por vender o que se pode. Sobretudo, terrenos camarários para mercearias. E se houvessse compradores, consta-se,  palácios, conventos e piscinas. 
As contas estão por fazer, mas não é preciso ser bruxo, para adivinhar que a situação financeira deverá ter-se agravado com a actual pandemia. As coisas não estão a correr bem: as receitas camarárias devem estar em queda. Resta a  venda de património. 
Espera-se que não se venda a qualquer custo. Espera-se, que quando o concelho se livrar da actual equipa, a dívida não seja a mesma herdada de Santana e Duarte Silva e que o património, tal como aconteceu com o freixo do Largo de Santo António, não tenha ido à vida ou esteja transformado em ruínas...

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