"No nosso Convento de Seiça é porventura o monumento com maior relevância histórica do nosso concelho. Reza a lenda que D. Afonso Henriques o mandou erigir como agradecimento por um milagre que decorreu numa caçada no vale de seiça-facto mais do que suficiente para denominar este monumento de nacional. Infelizmente, este milagre não “entrou” no imaginário do Ministro da propaganda de Salazar, António Ferro, perito em criar tradições e locais de culto a partir de eventos, cujas origens são um pouco duvidosas.
Foi assim com Fátima, com o Galo de Barcelos ou até mesmo com os principais castelos, que possuíam uma geometria muito diferente da atual. Em Seiça os ingredientes para cativar António Ferro estavam lá, o que era capaz de garantir que as nossas lendas seriam parte integrante dos manuais obrigatórios de história. Na verdade, aquilo que perdurou no conhecimento histórico das massas foi aquilo que o Estado Novo decidiu que era importante.
Todavia, considero que a autarquia deverá mobilizar esforços para promover o convento de Seiça como um monumento nacional, que foi abandonado pelo seu país. Tenho esta convicção, porque este património não pode apenas ser restaurado pela autarquia. Este monumento tem mais de mil anos e não pode ser só a Câmara Municipal a dar conta do recado.
Até porque um verdadeiro processo de restauro do edificado terá de ser feito por alguns dos melhores restauradores de arte antiga do país. Aliás, só as estátuas, que estavam na fachada, iriam obrigar a um trabalho bastante minucioso e moroso. Neste sentido, este deve ser um desígnio nacional, com a certeza de que este mosteiro recuperado nos ajudará a perceber melhor o que faziam as populações do concelho da Figueira da Foz há um milénio.
De ressalvar o notável trabalho que a associação SMS tem desenvolvido no que diz respeito à promoção do Vale Encantado. Aliás, se hoje discutimos este tema em crónicas do principal diário regional, muito se deve àqueles cidadãos dedicados que querem ver Seiça novamente no mapa da história de Portugal."
Via Diário as Beiras
Foi assim com Fátima, com o Galo de Barcelos ou até mesmo com os principais castelos, que possuíam uma geometria muito diferente da atual. Em Seiça os ingredientes para cativar António Ferro estavam lá, o que era capaz de garantir que as nossas lendas seriam parte integrante dos manuais obrigatórios de história. Na verdade, aquilo que perdurou no conhecimento histórico das massas foi aquilo que o Estado Novo decidiu que era importante.
Todavia, considero que a autarquia deverá mobilizar esforços para promover o convento de Seiça como um monumento nacional, que foi abandonado pelo seu país. Tenho esta convicção, porque este património não pode apenas ser restaurado pela autarquia. Este monumento tem mais de mil anos e não pode ser só a Câmara Municipal a dar conta do recado.
Até porque um verdadeiro processo de restauro do edificado terá de ser feito por alguns dos melhores restauradores de arte antiga do país. Aliás, só as estátuas, que estavam na fachada, iriam obrigar a um trabalho bastante minucioso e moroso. Neste sentido, este deve ser um desígnio nacional, com a certeza de que este mosteiro recuperado nos ajudará a perceber melhor o que faziam as populações do concelho da Figueira da Foz há um milénio.
De ressalvar o notável trabalho que a associação SMS tem desenvolvido no que diz respeito à promoção do Vale Encantado. Aliás, se hoje discutimos este tema em crónicas do principal diário regional, muito se deve àqueles cidadãos dedicados que querem ver Seiça novamente no mapa da história de Portugal."
Via Diário as Beiras
Sem comentários:
Enviar um comentário