"O antigo Terminal Rodoviário, junto à Igreja de Santo António, precisa de um projeto moderno e inovador. A cidade necessita de espaços abertos, onde surja algo de novo mas ligado à envolvente. Este é um espaço central e precisa de ser vivenciado. Poderá ser um espaço onde as pessoas “regressem à terra”, por exemplo, “jardins sensoriais” capazes de recriar o “campo na cidade”, sendo este espaço uma peça num puzzle de sensibilização e mitigação para as alterações climáticas e a procura de equilíbrio natural.
A cidade deverá estimular os sentidos, procurando formas de entrar em contato com o ambiente que nos rodeia e que podemos moldar, plantando flores e arbustos, sem entrar em soluções mortas e desgarradas do tempo em que vivemos.
Convocar artistas e gente criativa para transformar aquele espaço do terminal é a minha sugestão. Transformar também a envolvente, melhorando aquela zona da cidade que está bastante desprezada, os passeios são maus, os poucos espaços verdes são mal cuidados e acima de tudo faltam intervenções globais de qualidade.
Precisamos também de mais “simplicidade”, fugindo a investimentos de milhões de euros que muitas vezes são inúteis, porque os espaços continuam a não ser utilizados pelas pessoas. E aqui reside o segredo, o “novo”, a ocupação do território precisa de pessoas, e a sua vivência é sempre uma medida do sucesso da intervenção urbanística. Isso é visível na via pedonal/ciclovia construída na praia da Figueira, tanto peões como ciclistas apropriaram-se de um espaço abandonado.
Aquela paisagem, apesar de pouco cuidada (poder-se-ia fazer muito mais e melhor, mas na Figueira da Foz descuramos sistematicamente a manutenção urbana e os detalhes…) já faz parte do quotidiano de centenas de pessoas. Portanto, foi uma intervenção bem conseguida. Precisamos que o antigo Terminal passe para o seculo XXI, ago virado para 2050 e não para 1980, um espaço sustentável, criativo e acima de tudo vivenciado diariamente."
Via Diário as Beiras
A cidade deverá estimular os sentidos, procurando formas de entrar em contato com o ambiente que nos rodeia e que podemos moldar, plantando flores e arbustos, sem entrar em soluções mortas e desgarradas do tempo em que vivemos.
Convocar artistas e gente criativa para transformar aquele espaço do terminal é a minha sugestão. Transformar também a envolvente, melhorando aquela zona da cidade que está bastante desprezada, os passeios são maus, os poucos espaços verdes são mal cuidados e acima de tudo faltam intervenções globais de qualidade.
Precisamos também de mais “simplicidade”, fugindo a investimentos de milhões de euros que muitas vezes são inúteis, porque os espaços continuam a não ser utilizados pelas pessoas. E aqui reside o segredo, o “novo”, a ocupação do território precisa de pessoas, e a sua vivência é sempre uma medida do sucesso da intervenção urbanística. Isso é visível na via pedonal/ciclovia construída na praia da Figueira, tanto peões como ciclistas apropriaram-se de um espaço abandonado.
Aquela paisagem, apesar de pouco cuidada (poder-se-ia fazer muito mais e melhor, mas na Figueira da Foz descuramos sistematicamente a manutenção urbana e os detalhes…) já faz parte do quotidiano de centenas de pessoas. Portanto, foi uma intervenção bem conseguida. Precisamos que o antigo Terminal passe para o seculo XXI, ago virado para 2050 e não para 1980, um espaço sustentável, criativo e acima de tudo vivenciado diariamente."
Via Diário as Beiras
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