"Recordo-me com alguma lucidez do edifício do trabalho. Era bastante jovem quando os lojistas começaram a fechar os seus estabelecimentos e, por conseguinte, aquele centro comercial começou a cair por terra. A ideia era interessante: um edifício no centro da Figueira, construído para albergar comércio, escritórios, estacionamento coberto e habitação. Para mais, estávamos no tempo da explosão das superfícies comerciais e a Figueira, evidentemente, não passou ao lado deste fenómeno.
A situação atual daquele espaço é fruto das trocas sucessivas de proprietários, nenhum deles com verdadeiro interesse no imóvel, o que expõe algumas das falhas do mercado imobiliário, que o atual sistema financeiro promove. Assim, ficamos nós, figueirenses, com um verdadeiro “mono”, no ponto mais turístico do nosso concelho.
É claro que a procura de uma solução para o problema remete-nos até à primeira venda do espaço, em 2001. Já desde dessa altura se defendia a demolição do espaço, porém nunca foi possível alcançar um acordo, que satisfizesse os proprietários. Recentemente, o atual proprietário colocou o espaço à venda por 4 milhões de euros, uma verba demasiado elevada para o único interessado em adquirir o espaço, a Câmara Municipal da Figueira da Foz.
Certamente que todos os autarcas que passaram pelos gabinetes da Câmara nos últimos 20 anos, assumiram a resolução deste problema como uma prioridade, porém as débeis finanças do município, nunca permitiram sequer sonhar com a aquisição. Os esforços foram inúmeros, as tentativas de novos caminhos foram múltiplos, contudo a conclusão acaba por ser sempre a mesma. Para resolver o problema é necessário deixar de fazer muitos projetos extremamente necessários para as populações.
Talvez quando o município tiver as suas dívidas pagas, possamos adquirir aquele espaço e logo depois pensar como o iremos tirar dali. Até lá, vamos acreditar que possa haver boa fé por parte de um fundo imobiliário para devolver aos Figueirenses a zona mais negra da Figueira da Foz."
A situação atual daquele espaço é fruto das trocas sucessivas de proprietários, nenhum deles com verdadeiro interesse no imóvel, o que expõe algumas das falhas do mercado imobiliário, que o atual sistema financeiro promove. Assim, ficamos nós, figueirenses, com um verdadeiro “mono”, no ponto mais turístico do nosso concelho.
É claro que a procura de uma solução para o problema remete-nos até à primeira venda do espaço, em 2001. Já desde dessa altura se defendia a demolição do espaço, porém nunca foi possível alcançar um acordo, que satisfizesse os proprietários. Recentemente, o atual proprietário colocou o espaço à venda por 4 milhões de euros, uma verba demasiado elevada para o único interessado em adquirir o espaço, a Câmara Municipal da Figueira da Foz.
Certamente que todos os autarcas que passaram pelos gabinetes da Câmara nos últimos 20 anos, assumiram a resolução deste problema como uma prioridade, porém as débeis finanças do município, nunca permitiram sequer sonhar com a aquisição. Os esforços foram inúmeros, as tentativas de novos caminhos foram múltiplos, contudo a conclusão acaba por ser sempre a mesma. Para resolver o problema é necessário deixar de fazer muitos projetos extremamente necessários para as populações.
Talvez quando o município tiver as suas dívidas pagas, possamos adquirir aquele espaço e logo depois pensar como o iremos tirar dali. Até lá, vamos acreditar que possa haver boa fé por parte de um fundo imobiliário para devolver aos Figueirenses a zona mais negra da Figueira da Foz."
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