terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Iluminar o Cabedelo: a estatística dos postes...

Estes 6 postes que a foto documenta, encontram-se ao alto no Cabedelo, há vários anos, sem qualquer utilidade visível.
Todavia, passe a imodéstia, um ser arguto e perspicaz com poderes ligados à cartomância, como eu, consegue, quase sempre, vislumbrar utilidade onde o comum dos mortais nada consegue lobrigar.
Assim, neste caso concreto,  consegui ver que o que deve interessar à Câmara Municipal da Figueira é a estatística dos postes ao alto.
A Câmara deve usar  a estatística da contagem de postes ao alto no concelho, como os bêbados usam os postes: mais para apoio, do que para iluminação.
Mesmo contando com os postes de iluminação que têm lâmpadas. O que, neste caso, nem isso acontece...

Nuno Osório reconduzido no comando dos bombeiros

foto Diário de Coimbra
Termina hoje a comissão de serviço de um concurso que venceu há cinco anos e amanhã recomeça, uma vez que foi reconduzido por igual período. O comandante dos Bombeiros Municipais faz um balanço positivo destes anos, pela sua «evolução e aprendizagem constante» e porque «não poderia desejar melhor, pelo trabalho feito e por aquilo a que nos propusemos, mesmo em situações complexas». Nuno Osório recorda que não teve «nenhum incêndio em que tenham ardido mais de três hectares» e que esteve envolvido em várias acções importantes, entre as quais, no âmbito do Serviço Nacional de Protecção Civil a de «montagem da ponte do exército em Maiorca, em que nos propusemos nove dias e em sete estava montada». Além disso, fala na «internacionalização» do corpo de bombeiros, «sobretudo através do seu conhecimento», o que os levou «a serem solicitados por outros países», sem esquecer o desempenho em competições com bombeiros de todo o mundo. (Via Diário de Coimbra)
Nota de rodapé.
Como diz a canção... 
Tudo está no seu lugar!

Esta senhora lembra-me uma "rata de sacristia" - daquelas que comete pecados, mas não sai do confessionário...

O dinheiro dos cofres portugueses não vai continuar a esvair-se nos resgates aos bancos, nos milhões que são postos nas mãos de privados, com as ruinosas PPP, em sectores estratégicos e lucrativos que deviam estar ao serviço dos portugueses, ou com as pesadíssimas fugas ao fisco nacional, cometidas por muitos, nomeadamente pelo tal de benemérito do “pingo doce”, que fugiu com a sede da sua empresa para a Holanda!
Acordem e ouçam esta senhora: aquilo que vai esvair a economia portuguesa É O SALÁRIO MÍNIMO...

A Figueira teve coisas assim, simples, airosas e bonitas...

Este é o Largo de Santo António, de outros tempos...
Quando tenho tempo, gosto de me deter a olhar o que me agrada e procuro sacar um sorriso, neste caso, obviamente melancólico e algo nostálgico. 
Aconteceu isso ao deparar com esta foto no facebook do meu Amigo Luís Pena.
Ver o que é simples, airoso e bonito, é ver uma realidade diferente na Figueira. 
O que este local foi! E o que este local é!..
A Figueira nunca foi perfeita, mas era bonita e airosa na sua simpicidade... 
Esta frase resume  o que esta fotografia me fez sentir, ao olhar com tempo para um lugar simples, que era uma maravilha!..

Diz o povo: "tempo é dinheiro." Já estão a ver como serão pagas estas dívidas: "com o tempo"!..

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segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

o legado de Ataíde – o ataidismo e o triunfo da pessegada

o que vale a pena ser feito vale a pena ser feito bem
Nicolas Poussin
"A Figueira da Foz é, infeliz e consabidamente, uma cidade bastante pobre no que diz respeito ao património de arte pública. O pouco que tem de inegável qualidade estética deve-se mais à acção voluntariosa de alguns, poucos, cidadãos do que a iniciativa dos poderes locais instituídos - o caso, por exemplo, do pequeno busto em bronze de David de Sousa, de Leopoldo de Almeida, com arranjo arquitectónico do arquitecto Carlos Ramos, iniciativa de alguns amigos do músico. Ali, à entrada do Bairro Novo, a dimensão escatológica do desprezo público que os figueirenses votam à Arte e à Memória sublima-se no relvado fronteiro, emblematicamente transformado pelo uso num verdadeiro cagódromo canino.
A estátua de Manuel Fernandes Tomás, na praça Nova, é aliás a única excepção e a única de dimensão verdadeiramente monumental (três metros de altura de bronze sobre um pedestal também imponente). Apenas tornada possível por uma subscrição popular (em 1907, para a qual contribuiu, dizem, o próprio rei D. Carlos), desencadeada por quatro operários cujos nomes ainda lá estão, em letras de bronze, sobre a pedra do pedestal. Inaugurada em 1917, a estátua não é a habitual imagem majestática de um seráfico legislador ou de um estadista triunfante mas sim a de um revolucionário em acção, toda inconformismo, movimento e inquietação; a mesma inquietação que movia os quatro operários que a encomendaram e que inspirou a ousada sensibilidade do portuense Ferreira de Sá, um notável e quase esquecido escultor a quem posteriormente não chegaram as encomendas do Estado Novo e que morreu amargurado em 1959 porque nunca lhe permitiram sequer que ensinasse nas Belas-Artes.
Mas existe ainda, claro, o exuberante pelourinho da Praça Velha; o admirável memorial modernista a João de Barros, do arquitecto Alberto Pessoa; o busto solene de António Santos Rocha, de Raul Xavier, agora nas Abadias e, ainda de Leopoldo de Almeida, dois frizos em baixo-relevo sobre as portas da Caixa Geral de Depósitos; e dois painéis em pastilha de vidro: o de António Lino, no Tribunal, e o de Zé Penicheiro, em notório estado de degradação, na companhia das águas. Convenhamos no entanto que é muito poucochinho, e pobrezinho, mesmo para uma cidade com apenas cento e trinta anos. - Ah!, existe ainda uma soberba peça do meu amigo João Sotero, que ele, num achado genial, deu a forma de um totem a que chamou “desleixo” e que representa precisamente, com desencantada ironia, e algum sarcasmo bastamente escarninho, esta relação dos figueirenses com o seu espaço público comum...

A verdade é que o figueirinhas não gosta de História, prefere a anedota. Não aprecia o Belo, nem o Misterioso, nem o Único, nem o Autêntico - deleita-se com o bonitinho, o vulgar, a réplica, o sentimental. Detesta ópera mas adora telenovela. Abomina o que é excepcional, transcendente, elevado. Prefere tudo ao seu nível: banal, literal, raso, acessível. É a esta pitoresca estética do acessível que os poderes locais tentam agradar.

... a Figueira, um case-study da arte pública; ou vá lá, da decoração de exteriores. Hão-de cá vir sharters de especialistas para estudar o fenómeno...
...Isto parece que muda aos três."
"Mas", constata Fernando Campos e eu concordo, "a pessegada é que nunca mais acaba."

... para ajudar a quebrar as regras...

Para quem não entenda a importância de uma câmara municipal, aqui está um bom exemplo de civismo: foto de uma viatura estacionada, há pouco, cerca das 14 horas e trinta minutos, em cima do passeio, frente à estação ferroviária...

Vigilância e acção sem tergiversar...

A normalização do pensamento é o sonho dos políticos... 
A diversidade, sempre foi um incómodo para os que sentem que têm o direito de controlar a vida dos outros aldeões... 
Cá na Aldeia, momentos houve em que a coisa foi até ao absurdo...
As portas de entrada do demo, são muitas.
Se não for por mais nada, isto é apenas para alertar e defender os puros que restam, da podridão que grassa por todo o mundo e também na Aldeia... 

Atento ao que nos rodeia...

"Algumas das melhores características das sociedades desenvolvidas são a capacidade, a liberdade e os meios que dá a muitos de… discutir. O ato de discutir, implicando a análise e a troca de ideias sobre um assunto entre duas ou mais pessoas (chegando-se ou não necessariamente a um consenso imediato), compreende debate, defesa de argumentos opostos, polémica, controvérsia – tudo muito bom, assegurado que está que não se ultrapassa a barreira da aspereza, da injúria, da gritaria, da agressividade, pois assim o que sobressai é a altercação, a briga (ou seja, perdeu-se o sentido)... 

... Nunca como hoje fomos tão capazes, tivemos tamanha liberdade e dispusemos de tantos meios para discutir – ora, discutimos? Quantos de nós? Sobre o quê? Para quê? O espaço que partilhamos em sociedade é a nossa casa comum, a qual será certamente mais acolhedora se a co-edificarmos. Permanentemente. Em discussão. Ou vamos continuar a preferir a demissão?"

Nota de rodapé.
A prosa acima, foi retirada da crónica de hoje publicada por Teotónio Cavaco, no jornal AS BEIRAS.
Como sabe quem me acompanha, actualmente não milito em nenhum partido político, não pertenço à classe dos trabalhadores mais oprimidos e explorados, não estou no desemprego (nem empregado!), não sou comentador profissional, não “faço opinião”, não opino na rádio nem na televisão e não escrevo nas colunas de um qualquer jornal. Muito menos sou economista.
Porém, nada disso impede o direito a ter a minha opinião e expressá-la. E ser lido. 
Isso, contribuiu para selecionar Amigos.
Tenho Amigos que pensam como eu, porque querem. E tenho Amigos que não pensam como eu, porque não querem.
Como estamos em democracia, isso deveria ser tão natural como ter fome ou sede.
Cada um tem a sua opinião sobre o que se passa à nossa volta.
Ponto final.
No presente e no futuro, vou continuar a pensar, a dizer e a escrever, o que entendo sobre a vida e sobre os políticos, porque eles condicionam as nossas vidas. Sejam eles políticos na Aldeia, na cidade, em Portugal ou no mundo.
Vou continuar igual, isto é a ter a minha opinião e a conviver bem com a opinião dos outros.
E quem não conseguir conviver bem com a minha opinião?.. Temos pena: passem bem...
Se eles não sabem viver em "sociedades desenvolvidas", o problema é deles...
Vou continuar a gostar de apreciar o que me rodeia. Vou continuar a estar atento às diferenças e aos pontos de contacto. 
Mais do que da palavra liberdade, gosto da Liberdade. 
Mas, em finais de janeiro de 2017, o que é a Liberdade, na Aldeia,  na cidade, no País e no mundo?
A Liberdade é algo de complexo  e de difícil vivência.
Temos a Liberdade de opinião, que não está garantida para todos, mas para mim está garantida há muito.
Temos a Liberdade política, que com imperfeições, está garantida. Assim, todos tenham a coragem de a assumir e viver.
Temos a Liberdade de circulação, que até tem sido alargada no espaço geo-político em que Portugal está inserido.
Mas, temos Liberdade económica?..

Na Figueira é sempre carnaval: uma boa notícia a começar a semana...

A decrepitude das sociedades,  foi um tema que Federico Fellini tratou magistralmente nos seus filmes. 
Ver (ou rever...) as fitas que realizou, que continuam actualíssimas, deveria ser obrigatório para os decisores políticos figueirenses...
Assim, perceberiam que o rei vai nu há vários anos na nossa cidade, onde a decrepitude foi destruindo ao longo dos anos uma beleza que existiu.
Perceberiam também que a decrepitude pode levar levar à insanidade e ainda que a decrepitude pode atingir a qualquer um... 
Infelizmente, não ligaram aos filmes de Federico Fellini, desperdiçando assim, ingloriamente, a possibilidade de aprender algo com o Mestre!

Nada é tão gratificante para os políticos do que a memória curta dos eleitores...

Temos políticos que, desde sempre, defenderam o desinvestimento na escola pública em favor do ensino privado, quer através do cheque-ensino, quer através do financiamento a colégios privados por via do Orçamento do Estado com verbas desviadas da escola pública, que durante os quatro anos do Governo da direita radical - PSD/ CDS, aplaudiram o radicalismo e a cegueira ideológica de Nuno Crato, hoje muito preocupadas por chover dentro de uma escola pública, a sofrer as consequências do desinvestimento de quatro anos que tanto ajudaram a promover...
Não ter um pingo de vergonha na cara é isto.

E cá estamos de novo, prontos para mais uma semana a bombar, depois de uma escapadinha em veiculo low cost...


sábado, 28 de janeiro de 2017

A propósito de uma reunião que deveria ter sido aberta à população...

Uma foto, publicada pelo deputado municipal Luís Ribeiro, da reunião da Comissão Permanente da Assembleia Municipal
 que se realizou na Freguesia de São Pedro, na passada sexta-feira.
 A doutrina do medo sempre teve adeptos na Aldeia. 
Alguns dos políticos da Aldeia, mais do que medo, sentem-se aterrorizados, só de pensar que podem desagradar aos políticos da cidade.
Talvez sem o quererem, ou disso terem consciência plena, os políticos da cidade acabam por usar o terror como arma de arremesso contra uma Aldeia, cuja grande virtude deveria ser a tolerância
A tolerância, por todas as razões, deveria  ser encarada pelos políticos da Aldeia, como a forma natural de se viver numa pequena comunidade como ainda é a Cova e Gala.
O mais curioso, porém, é que, hoje, os políticos da Aldeia, por medo, uns, por terror, outros, não conseguem fruir essa forma de viver. 
Como tal, sentem necessidade de justificarem, perante os outros, a sua forma de estar na vida política da Aldeia, que passa pela crispação, intolerância e intransigência, que mais não é do que medo, uns, terror, outros, perante os que apenas decidiram viver de acordo com a sua consciência e os princípios da liberdade que deveriam estar acessíveis a todos na Aldeia.
Este blogue, tal como eu, tem sempre a porta aberta: assim, evito apanhar alguém, o que seria desagradável e confrangedor para todos, a  olhar pelo buraco da fechadura.
Presumo que haja uma  listagem para aí de uns 50 imprescindíveis na Aldeia.
Não tenho a expectativa de ver nenhum blogue nessa excelsa lista. 
Na Aldeia não há blogueiros fundamentais... Fundamentais, são apenas os políticos.
Isto, no fundo, é só para perceberem, que todas as ocasiões são boas para se discutir a liberdade, no sentido de tomarmos consciência da necessidade de um melhor entendimento do que ela significa para alguns que vivem a Aldeia
E a liberdade, até pelo que estamos a observar no mundo, cada vez tem mais e múltiplos sentidos, que são imprescindíveis para a sua compreensão e implementação. 
Presumo que os senhores políticos da Aldeia sabem isto.
Para alguns habitantes, o conceito de "liberdadezinha" é insuficiente!

Nunca desistam dos sonhos. Se não encontrarem numa padaria, procurem noutra. Há mais padarias na Terra...

Anda por aí uma polémica danada com um tal de Nuno Carvalho,  boss da Padaria Portuguesa.
Nunca entrei num estabelecimento desse senhorito. 
Pessoalmente, portanto, não poderia ser mais favorável a um boicote generalizado à Padaria Portuguesa, algo que, aliás, pelos vistos, sempre pratiquei.
Não por causa das opiniões sobre o salário mínimo de um dos seus donos, mas apenas porque, apesar de estar na moda junto de gente sem bom gosto, os chamados in, aquilo que oferece, ao que me disse quem já lá foi, não vale nem metade do seu preço.
Quanto ao resto, apenas diria o seguinte ao senhorito que anda para aí a disparatar...
Não são apenas os investidores que têm direito a ser bem e dignamente remunerados. 
Sem dignidade do trabalho - que passa obviamente também por uma digna remuneração - não há justiça, nem países europeus modernos, desenvolvidos e civilizados...

Bom sábado



A vida, todas as vidas, é uma sucessão de dias que se repetem. A vida, todas as vidas, tem poucos momentos empolgantes. Por isso mesmo, exactamente por serem poucos, é que devemos estar preparados para os fruirmos com a intensidade com que têm de ser vividos. Temos de perceber, enquanto temos tempo para isso, que os raros momentos de felicidade que fazem com que a vida, todas as vidas, mereça ser vivida, têm que ser vividos sem filtros, pois são absolutamente imperdíveis.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Eleições ...

Para ler melhor, clicar na imagem sacada daqui
Nota de rodapé.
Amigos, leitores, companheiros, detractores e palhaços que habitam neste concelho que, daqui até outubro p. f., não será mais do que uma arena de circo (e nós todos espectadores, alguns participantes e, outros, intervenientes).
Por este meio venho desejar, do fundo do coração, que passe depressa este ano de 2017, que ainda agora acabou de começar, mas está a ser lastimoso, com a maior das alegrias, e que entremos no Ano de 2018 com toda a pujança que nos permita, juntos, pensar em erguer, de novo, este nosso concelho da Figueira da Foz!
Um pedido.
Por favor, não liguem... 
Estou traumatizado pela época de Eleições que atravessamos!..
Confesso que ando perturbado por 40 anos de votações de eleitores mais influenciados e  seduzidos por sonhos do que por mensagens baseadas em promessas realísticas ou em obra feita.
Agora, só agora, vejam o quanto burro eu não sou!, é que começo a perceber os resultados eleitorais, ao longo dos anos, na Figueira!..

PEDRO AGOSTINHO CRUZ...


PEDRO AGOSTINHO CRUZ, já não é um menino. Os anos, entretanto, passaram e tornou-se num assumido fotojornalista, que cresceu e aperfeiçoou o seu profissionalismo e o sentido de cidadania: quem o conhece a nível profissional, sabe que trabalhou sempre com grande ética, rigor e dedicação. Daí, que a qualidade daquilo que faz - a arte de trabalhar para o “boneco” - seja a que muitos já conhecem.
Ao contrário do que muitos chegaram a pensar, eu não sou o pai espiritual do Pedro Agostinho Cruz. Sou, apenas, "o tio Tó", como ele sempre me tratou desde tenra idade.

Como é óbvio, sempre estive atento ao Pedro.  
Todavia, ele foi sempre pouco expansivo e muito cioso do seu mundo. Raramente fala, em profundidade, dos seus projectos de vida. Eu, sempre fiz o que tinha que fazer: respeitar o espaço dele. Quando ele precisa, sabe que tem aqui o "tio Tó" disponível.

Mas, claro, tenho estado atento.
Por isso, tenho observado, com apreço, a sua capacidade e disciplina no trabalho.
Tem trabalhado - e muito - não para as necessidades que a sociedade de consumo nos cria. Aqueles óculos fantásticos; aquele relógio magnífico, que dá horas certas como outro qualquer; aquela T-Shirt, capaz de nos fazer sentir especiais; o carrinho dos nossos sonhos, que nos leva rapidamente à confusão do trânsito; aquela casa, que será nossa ao fim de 40 anos, e que nessa altura não valerá um chavo, apesar de termos pago por ela, em suaves prestações, mais do dobro do seu preço; aquele telemóvel, descartável dentro de 6 meses...

Tenho observado, com distância, a sua necesssidade de viver a carreira profissional com valores e sentimentos...
Por vezes interrogo-me: o que leva um jovem, ainda em início de carreira, num meio tão difícil, selvagem e hostil, a tentar seguir o seu percurso profissional por este caminho?
Que valor têm esses valores na actual sociedade avançada em que todos andamos a tentar conseguir sobreviver?
Tenho mais interrogações do que respostas. Talvez, um dia, se ele estiver aberto a tal, tenhamos uma conversa sobre o tema.
Portanto, para tentar concluir algo vali-me da experiência de vida e pensei (às vezes penso, sabiam?..): a dignidade de um homem está no seu âmago. Pode-se tentar humilhar, ofender, maltratar, ignorar uma pessoa, mas nunca se lhe retira a dignidade, já que ela lhe é intrínseca.

Entretanto, como a prosa já vai estendida, e nesta parte parte final me deu para falar de minudências sem interesse, termino-a por aqui.
Não podemos esquecer que, quase 43 anos depois de Abril de 1974, aqui na Figueira, circulamos em piso escorregadio. E pouca gente se arrisca a andar à vontade num piso assim...

Confesso que é difícil um gajo manter-se lúcido com tanta coisa notável que é oferecida de hora a hora na Figueira!.. (III)


"Para 2018 está calendarizado o alargamento da promoção do "Figueira Beach Sports City" junto do mercado empresarial, cada vez mais interessado em iniciativas que aliam o desporto ao convívio como forma de construir ou intensificar o espírito de equipa. 2018 será, ainda, o ano dos primeiros "Figueira Beach Sports Camps”, campos de férias orientado para as modalidades que fazem do areal o seu campo de ação.
Em 2019, e com as iniciativas anteriores já consolidadas, a Figueira da Foz pretende assumir-se como a sede da European Beach Sports Cities Network.

O "Figueira Beach Sports City" vai beneficiar de um conjunto de intervenções já realizadas ou a realizar no areal e zona envolvente, no âmbito dos financiamentos obtidos pela Autarquia junto do Turismo de Portugal e através do Contrato do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU). «Em termos de investimento municipal, o "Figueira Beach Sports City" tem um orçamento de cerca de 10.000€, destinado a dotar as duas zonas desportivas de sinalética e equipamentos adequados. Posteriormente, acreditamos, será possível candidatar o projeto a apoios específicos para intercâmbios e outras atividades», afirmou João Ataíde. «O importante é valorizar as estruturas que temos, as obras que fazemos e as condições da Figueira da Foz para a potenciar enquanto destino turístico líder e enquanto marca, contribuindo para o estímulo da economia e para o desenvolvimento local numa lógica de menor sazonalidade, garantindo um afluxo regular de turistas num período que estimamos que possa ir de abril a outubro de cada ano», concluiu."

Nota de rodapé.
"Aquilo que é chamado populismo não tem entrado no nosso país, entre outras razões, porque há poder local democrático. Tem sido fusível de segurança da democracia portuguesa", afirmou o chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, numa intervenção no encerramento da conferência nacional "40 anos do poder local democrático",  em Loures.
Não podia discordar mais do presidente Marcelo.
Existe populismo no país. Em especial no poder local.

PSD: o seguro de vida da geringonça?..

"As bancadas do PS e do PSD vão chumbar o regresso dos 25 dias de férias para os sectores público e privado. Actualmente, os trabalhadores portugueses têm direito a 22 dias de férias. O PCP acusa o PS de se aliar às bancadas da direita."

Nota de rodapé.
Registe-se: um dia depois de se ter aliado ao Bloco, ao PCP, aos Verdes e ao PN, para chumbar a descida da TSU,  o PSD anunciou que vai aliar-se ao PS e  votar contra a reposição dos três dias de férias que foram retirados há cinco anos!

aF276


quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Confesso que é dificil um gajo manter-se lúcido com tanta coisa notável que é oferecida de hora a hora na Figueira!.. (II)

Figueira Beach Sports City é um projecto que Rui Loureiro, ligado à organização do Figueira Beach Rugby, elaborou a convite da autarquia e que tem como objectivo promover a cidade como destino turístico dos desportos de areia e proporcionar aos residentes condições para a prática de diversas modalidades no extenso areal urbano.
O conceito inclui um centro de alto rendimento, tendo o parque municipal de campismo como base (com bangalôs, piscina e ginásio), ao qual deverão juntar-se unidades hoteleiras, para receber estágios de seleções e clubes, nacionais e estrangeiros.
O Figueira Beach Sports City foi apresentado no salão nobre da câmara. 
João Ataíde destacou que a Figueira da Foz já é conhecida pelo torneio internacional de râguebi de praia, defendendo a valorização do areal para outras modalidades e para o “usufruto público”.   (Via AS BEIRAS)

Dentro do espírito de colaboração que caracteriza este espaço, deixo a sugestão abaixo, que apresenta potencial necessário para mudar de vez toda a vida figueirense.

Uma sugestão, apenas uma sugestão... Fica à atenção de quem de direito...

Não é preciso muito,  para algo nos chamar a atenção. 
Tem é que haver uma simbiose, uma atracção, uma identificação entre nós e o foco dessa atenção. 
Aquilo que nos prende o olhar é o importante...  
O acaso existe? 
Para mim existe.
Já quanto à coincidência, tenho as minhas dúvidas...
Reparem na harmonia existente entre a falta de tinta para sinalizar a passadeira, que com alguma dificuldade ainda se nota na foto, e o poste.
Para quem conhece o local, o poste, funciona como elemento perfeito de identificação da passadeira com falta de tinta
Este, é o equilíbrio que poderia ser procurado a nível geral, na cidade e no resto do concelho: registe-se e sublinhe-se, neste caso, a complementaridade desses dois equipamentos - a passadeira sem tinta e um poste - como contributo inestimável para a segurança dos peões figueirenses.
Que tal, dada a falta de manutenção das passadeiras para atravessamento de peões nas ruas e avenidas do nosso concelho, inventar uma lei que torne obrigatório a colocação de postes a identificar as passadeiras?..

Esta nossa barra, ai esta nossa barra!.. Esta nossa barra...


Rui Curado da Silva, hoje no jornal AS BEIRAS.
"Um vídeo captado a passada semana pela associação SOS Cabedelo mostra um cargueiro em dificuldades a renunciar à entrada na barra, depois da rebentação o ter desviado subitamente da sua trajetória em direção ao Porto Comercial. Dois meses depois de 180 mil euros investidos em dragagens ficam enormes dúvidas sobre o alcance deste investimento e sobre a configuração atual da barra. Entretanto na mesma semana, a equipa do arquiteto Miguel Figueira apresentou perante uma comissão parlamentar a solução de transferência de areia em excesso na Praia da Claridade para o Cabedelo através de bypass. Os deputados presentes não ficaram indiferentes aos argumentos apresentados e existe agora a expetativa de elaboração de um projeto de recomendação a favor desta solução."

Nota de rodapé.
Esta nossa barra!..
Na Figueira, há mais de 100 anos que os engenheiros se dedicam a fazer estudos para a construção de uma barra...
Vou recuar até ao já longínquo ano de 1996. 
Manuel Luís Pata,  no extinto  Correio da Figueira, a propósito da obra, entretanto  concretizada, do prolongamento do molhe norte da barra da nossa cidade para sul, publicava então isto.
“Prolongar em que sentido? Decerto que a ideia seria prolonga-lo em direcção ao sul, para fazer de quebra-mar.
Se fora da barra fosse fundo, que o mar não enrolasse, tudo estaria correcto, mas como o mar rebenta muito fora, nem pensar nisso!..
E porquê?... Porque, com  os molhes tal como estão (como estavam em 1996...), os barcos para entrarem na barra  vêm com o mar pela popa, ao passo que, com o prolongamento do molhe em direcção ao sul, teriam forçosamente que se atravessar ao mar, o que seria um risco muito grande...
Pergunto-me! Quantos vivem do mar, sem o conhecer?”

No PS é assim. Nos outros, é mais ou menos igual...

Na imagem sacada da edição do Diário de Coimbra de ontem, está identificado um problema que afecta uma cidade e um concelho que tem o nome de Figueira da Foz. 
Nela estão patentes alguns dos problemas básicos e as fragilidades que a democracia que temos não conseguiu resolver.
Os partidos não funcionam e só se agrupam, de 4 em 4 anos, para escolher candidatos. 
Isto, depois, tem implicações, pois tem a ver com a escassa qualidade da classe política que tem governado a cidade e o concelho. Uma classe política escolhida desta maneira, só pode resultar em listas formadas por políticos medíocres...
E, depois, admiram-se por mais de 50% do eleitorado não ir votar, o que conduz à desgraça que sabemos: o poder fica nas mãos de uma maioria incompetente!
E já agora, ainda que mal pergunte: o candidato nomeado para a presidência da câmara, no que ao PS diz respeito, que tem fortes hipóteses de ser o futuro presidente de câmara, foi designado, eleito, constituído, proclamado ou escolhido por quem?

Confesso que é dificil um gajo manter-se lúcido com tanta coisa notável que é oferecida de hora a hora na Figueira!..

A cidade da Figueira da Foz quer assumir-se como uma referência nos desportos de areia.
Ontem, apresentou um projeto nesse sentido, que inclui as vertentes competitivas e de lazer.
O projeto, intitulado “Figueira Beach Sports City”, tem a duração de três anos, até 2019, e inclui a promoção da prática de modalidades como o râguebi, vólei ou futebol de praia, entre outros, no areal da Figueira da Foz, eventos competitivos na praia de Buarcos e a criação de uma escola municipal de desportos de praia.
Na sessão de hoje, o presidente da autarquia, João Ataíde, disse que na Figueira da Foz há hoje uma “separação clara do que é o espaço de praia e antepraia [junto à avenida marginal e mais longe do mar]”, defendendo a valorização da antepraia “para o usufruto do público”.
Por outro lado, o turismo “tem cada vez mais uma perspetiva interativa de ocupação do tempo” e a autarquia achou que podia “tirar vantagem do imenso areal” para ali promover atividades de lazer e competitivas de desportos de areia, afirmou João Ataíde.
“Mas a Figueira da Foz tem de contar, em primeiro nível, com os seus residentes, com os seus cidadãos, os jovens da Figueira são os primeiros destinatários do que se está a promover”, sustentou o autarca.

Até teria piada... Vamos a isso?..


O SEXO QUE MATA



O maior génio musical e poético da Música Popular da segunda metade do século XX, na opinião de Alfredo Pinheiro Marques, é uma mulher.
A cantora compositora e instrumentista canadiana Joni Mitchell (Roberta Joan Anderson), em 1995 — após vinte e cinco anos sem querer aparecer em qualquer televisão… —, aceitou apresentar uma canção ("Sex Kills") e ser entrevistada na NBC em Los Angeles (no programa "The Tonight Show, with Jay Leno").
Fica, por gentileza do seu responsável máximo, um excerto conservado e transcrito na videoteca do ABCD-Arquivo Biblioteca e Centro de Documentação do CEMAR(Centro de Estudos do Mar), Figueira da Foz, Portugal.

Joni Mitchell, “Sex Kills”, in Turbulent Indigo, 1994 (trad. port. Alfredo Pinheiro Marques, 2012)

Parei atrás de um Cadillac
Esperando a luz verde do semáforo
Olhei a placa da matrícula
Dizia "Just Ice" (Só Gelo).
É a Justiça só gelo?
Governada pela ganância e a cobiça?
Somente quem é forte fazendo o que quer
E quem é fraco sofrendo o que deve?
E as fugas de gás
E os derrames de petróleo
E o sexo que vende tudo.
O sexo que mata.
Sexo mata…!

As pílulas dos doutores dão-te novas doenças
E as contas submergem-te numa avalancha.
Os advogados já não eram tão requisitados
Desde que Robespierre chacinou metade de França.
E os chefes índios, com suas velhas crenças, sabiam
Que o equilíbrio está desfeito, com estes ions loucos.
Sente-se no trânsito automóvel
Toda a gente odeia toda a gente!
E as fugas de gás
E os derrames de petróleo
E o sexo que vende tudo.
O sexo que mata.
Sexo mata…!

Todas essas masturbações nos escritórios
O violador na piscina.
E as tragédias nos jardins de infância
Crianças pequenas levando armas para a escola.
O ozono ferido
Estes cancros da pele
O sol hostil agredindo
Este caos massivo em que estamos!
E as fugas de gás
E os derrames de petróleo
E o sexo que vende tudo.
O sexo que mata.

Sexo mata…!

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Entre a realidade e a ficção...

Uns fazem
Outros, durante anos, prometem...

"Tranquilidade", ou falta dela?..

foto António Agostinho
"Nada tenho quanto à tranquilidade revelada pelo Presidente da Câmara sobre a nomeação do administrador-delegado da Amorim Turismo no Casino da Figueira, acerca do que não devo pronunciar-me, até porque poderia tornar-me suspeito dada a nossa proximidade pessoal e que também já foi profissional. Mas confesso que foi a expressão utilizada que me inspirou e me fez refletir sobre a quase absoluta e estranha tranquilidade, calma, sossego e quietude que percorre a cidade e o concelho. Há já muito que nos vamos habituando à narrativa (vocábulo que Sócrates consagrou no léxico político) dos protagonistas políticos para argumentar num sentido e no seu contrário com a mesma expressão, o mesmo fácies, em controle absoluto pelas emoções. Vem aí a altura de assumir com honestidade as legítimas propostas que os candidatos genuinamente defendem e explicar com humildade o incumprimento de promessas. Sabe-se que estes raramente são os melhores. São os disponíveis."

Daniel Santos, hoje no jornal AS BEIRAS.

Nota de rodapé.
A propósito de tranquilidade, dado que estou bem disposto e tranquilo, aproveito para vos deixar uma história, que esteve recentemente novamente na ordem do dia a propósito da morte de Mário Soares.

A história é sempre contada pelos vencedores. 
Foi assim que aconteceu em Portugal ao longo da sua secular história. Foi assim que aconteceu em Novembro de 1975.
Os “fazedores da verdade” insistiram e persistiram na ideia de que Cunhal queria impor uma ditadura soviética em Portugal a seguir ao 25 de Abril. 
Apesar disso não passar de um famigerado “se”, o facto é que continua a fazer o seu caminho, tal a força dos “média” e o empenho dos "comentadores oficiais do regime"
Pergunto-me, ainda hoje,  se no quadro de guerra-fria, então existente, entre os EUA e a União Soviética de 1975, não terão sido os americanos e os ingleses, os amiguinhos de Mário Soares, que o manipularam (ao Soares) e fizeram sobressair a ideia de que Portugal seria a nova Cuba da Europa, até como forma de mostrarem aos Russos e ao mundo que eles, os capitalistas, estavam a recuperar e a ganhar terreno, tal como aconteceu.

Cá por mim, que vivi os acontecimentos ao vivo e a cores, continuo convencido que Cunhal  sempre quis implementar a democracia parlamentar em Portugal - de esquerda, evidentemente
Registe-se, a bem da verdade, a influência que Cunhal teve no 25 de Novembro ao desaconselhar uma guerra civil em Portugal. 
Cunhal, em Novembro de 1975, respeitou os portugueses, foi tolerante: aceitou com tranquilidade a vontade do povo, apesar de saber que esse mesmo povo já estava contaminado pelo vírus daquilo que ele designava por contra-revolução. 
Cunhal, a meu ver,  é, com todo o mérito, uma grande figura da nossa história. 
Não por ser ditador, que nunca o foi, não por ser um tirano, que nunca o foi, mas sim porque esteve sempre ao lado dos que sempre sofreram - os explorados e oprimidos
Cunhal, tinha convicções -  lutou por elas. Cunhal, tinha um sonho de liberdade - e bateu-se por ele.
Com armas?..
Todos sabemos que não - com paz e tranquilidade
Lutou a vida inteira - e começou muito antes do 25 de Abril de 1974.
Um homem destes merecia outro país? Claro que merecia.
Mas, era Portugal que ele amava e que o fazia sonhar.

Muitos figueirenses mereciam outra Figueira. 
Claro que mereciam.
Mas, é esta que temos - e é esta que temos de continuar a tentar mudar.
Com tranquilidade. E com serenidade - mas, talvez, sem toda a serenidade...

O Largo de Santo António e a gestão "dos intelectuais baratos"...

foto Diário de Coimbra
A delegada regional da Cultura esteve, ontem, de visita à Igreja de Santo António e ouviu as «preocupações» do provedor da Misericórdia-Obra da Figueira, que tutela o monumento classificado como de interesse público. Joaquim de Sousa salientou que da igreja têm «tomado conta», mantendo a sua preservação, até porque integra «uma das fachadas mais históricas da Figueira». Mas o “cerne da questão” está na zona envolvente: «o muro a cair», escadas que «são um perigo», o freixo (a mais antiga árvore da cidade com 200 anos) «esquecido, com uma pernada que se cai é um perigo» e a «sujidade».
Para a requalificação do espaço, segundo o que disse aos jornalistas, Celeste Amaro, a diretora regional de Cultura do Centro, durante a visita à instituição, «têm de ser compatibilizadas todas as vontades», ou seja, a vontade da instituição, da autarquia e daquela direção regional. Uma coisa é certa, concluiu: «como está, não pode continuar».
Joaquim de Sousa, provedor da Misericórdia Obra da Figueira, revelou ainda que, em março de 2016, apresentou à vereadora Ana Carvalho um esboço das obras que defende que deviam ser feitas na zona protegida da igreja da Misericórdia, que abrange um raio de 50 metros, para corrigir a «asneira» da década de 1940, época em que foi reabilitado o espaço com uma solução arquitetónica desenquadrada do conjunto histórico. «Tal como está, não pode continuar», afirmou ainda o Provedor, que sublinhou a disponibilidade da Misericórdia para apoiar financeiramente a requalificação do espaço, como já fizera, aliás, no mandato autárquico do falecido presidente Duarte Silva, quando construiu um muro na rua do Hospital e cedeu uma área de terreno à câmara. A colaboração com a autarquia para a manutenção do largo, no entanto, durou até João Ataíde tomar posse, em 2009. «A primeira coisa que esta câmara fez foi meter uma placa de madeira para assinalar o que já estava assinalado, que entretanto já apodreceu, e duas mesas de madeira», afirmou Joaquim de Sousa aos jornalistas. 
«Perante isto», acrescentou: «retirámos o mobiliário que lá tínhamos e entregámos o largo aos intelectuais baratos».

Os gostos alteram-se com os tempos?...

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Provedor João Paulo Guerra, não? Porquê?

"Honrado com o convite da RTP" e "surpreendido pelo veto do Conselho de Opinião (CO)", João Paulo Guerra, que conheci pessoalmente em 1979 quando estive a estagiar no jornal O Diário,  não baixa os braços. "Estou à espera da fundamentação para a decisão do Conselho de Opinião", afirmou ao DN, sem querer alongar-se em mais comentários. Garante que "o assunto não está fechado", mas que o tempo agora é de silêncio. Depois logo se vê.
Entretanto, fica o depoimento de algumas figuras públicas. A ler clicando aqui.

Aqui, quem tem a responsabilidade de cuidar também se cansou?... O vandalismo não serve para explicar tudo!...

É mais do que a ideia: ir ao futebol na Figueira envolve perigo - existe mesmo perigo.
Ainda no passado fim de semana estiveram largas centenas de pessoas nesta estrutura em "degradação".
"De há uns tempos a esta parte tem-se debatido e discutido muito o estado de degradação do Municipal José Bento Pessoa.
Um dos últimos debates foi mesmo no interior da Câmara Municipal com Miguel Almeida a questionar o Presidente Ataíde o que pensava fazer para se encontrar uma solução.
João Ataíde respondeu que por hora não havia verba, que a Câmara não estava em situação económica de poder dar resposta."
Mas... "a bancada do Campo Sintético apresenta também ela um estado de degradação e de perigosidade que urge ser acudido. As fotos mostram como está a bancada e não existem dúvidas que se algum acidente com um espectador acontece de quem será o responsável.
As pessoas procuram sentar-se e correm o risco de se enfiarem em algum buraco. Parafusos que podem provocar ferimentos e tudo isto tão fácil de reparar apenas com meia dúzia de placas de contraplacado.
Não quero aqui hostilizar ou fazer a politica do deita abaixo, mas meus senhores há coisas que não têm justificação e esta para além de ser uma delas pode ainda trazer outros dissabores."

Santos da casa…

"Recordando 2011, ano em que o Movimento Milénio-Expresso atribuiu o 1.º lugar, na categoria Cidades, ao Miguel Figueira e à sua equipa, um grupo de cidadãos da Figueira da Foz ligados ao surf, unidos por uma paixão comum e um propósito inequívoco, o movimento SOS Cabedelo. Miguel, figueirense de direito e de nome, arquitecto, preconizou uma ideia de desenvolvimento para a cidade, travando a erosão costeira pela via da reposição do equilíbrio das areias entre o norte e o sul recorrendo a um bypass (pipeline sob o Mondego, idêntico ao da baía de Coolangata na Austrália) para transportar a areia do lado norte da barra para as praias do sul. Estas com um visível recuo, e repondo assim a linha de costa “devolvendo o mar à cidade”. Ideia visionária e por demais apresentada em fóruns nacionais e internacionais, ainda não convenceu os decisores políticos, nem locais nem nacionais. A ousadia com que foi concebida é inversamente proporcional ao desinteresse dos decisores públicos (?) A semana passada mais uma tentativa de sensibilização foi feita com uma apresentação à Comissão Parlamentar de Ambiente e Ordenamento do Território na Assembleia da República. Será agora? O que diz o LNEC? Já o chamaram? Porquê tanta resistência? Que estudos técnicos já fizeram? Parece difícil acreditarem, mas… afinal Santos da casa até podem fazer milagres! Mexam-se."

Nota de rodapé.
Perante esta prosa da economista Isabel Maranha Cardoso, um pobre e modesto escribra como eu, só consegue pedir a quem de direito: não se esqueçam! Instruam-se, instruam-se, sempre! Uma pessoa, tal como um político, instruída, vale por duas carago!
E já agora: deixem de pensar que a única opinião sensata é a vossa.
Escrito isto, o melhor é citar quem percebe do assunto.
Há quem olhe para o mar e veja o horizonte. Há quem se fixe nas ondas ou nos surfistas que as enfrentam. Há quem descanse a vista nas curvas das mulheres em biquíni.
E há quem, como o arquitecto Miguel Figueira e o Surfista Eurico Gonçalves, veja mais além. A dupla, com o apoio de um grupo de pessoas ligadas ao mar e à Figueira da Foz, anda a tentar colocar o surf e o mar ao serviço do desenvolvimento da cidade. Para isso, defendem, é preciso travar a erosão da costa sul da Figueira e salvar a «onda» da cidade. «A protecção das ondas é a primeira fronteira de protecção da orla costeira, dissipando a energia que de outra forma se concentra com efeitos devastadores sobre o sistema dunar.» Dessa forma, será possível capitalizar um importante activo para a competitividade da cidade, o surf, «cujo potencial nunca foi aproveitado». A proposta passa pelo recurso a um “bypass” de areia para proteger o sul da erosão costeira e reactivar a «onda» do Cabedelo. «A cidade é descontínua, e no mar não é bem assim. Daí que as nossas propostas sejam sempre de integração: integração do mar como parte do território; do sul na cidade; das pessoas e das ideias. A cidade cresce na mesma medida em que consiga incorporar estas diferenças. Não é um acto de fé, é uma constatação de facto: uma cidade partida não é viável.».

Na Figueira é sempre carnaval: este ano, Romana deverá ser a rainha



A cantora de "Não És Homem para Mim" deverá ser a rainha do Carnaval de Buarcos/Figueira da Foz 2017, que desfila na avenida do Brasil nos dias 26 e 28 de fevereiro. Ao que o Diário As Beiras apurou, a organização está em conversações avançadas com a artista, podendo fechar contrato esta semana. Caso não haja acordo, a alternativa poderá passar por um ex-concorrente de um concurso de televisão ou outra figura mediática. Entretanto, este sábado, 28, pelas 21H30, no pavilhão do parque das Gaivotas, será eleito o rei, residente no concelho. A coroação realiza-se a seguir à eleição, com direito a baile. 
O tema do Carnaval de Buarcos/Figueira da Foz 2017 para os reis é os descobrimentos, tendo o mítico Adamastor, de Camões, como inspiração. Os dois desfiles vão contar com as três escolas de samba do concelho da Figueira da Foz (Unidos do Mato Grosso, A Rainha e Novo Império), sete carros alegóricos, seis grupos, dois grupos de foliões e um trio elétrico. 
A organização promete um dos melhores carnavais dos últimos anos.

O Povo foi quem mais ordenou...

Marcelo foi eleito há um ano PR

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Gordon Kaye (1941-2017)


Construções na areia...

Mistério dos mistérios no desporto local.
A câmara da nossa cidade, não tem piscina, pista de atletismo, pavilhão, campo de futebol, etc... 
Realisticamente, virou-se para as construções na areia.
Aliás, em devido tempo, todos fizemos as nossas construções na areia. 
Esse, porém, foi um tempo datado e bonito nas nossas vidas! Vivíamos os nossos sonhos através das construções que fazíamos na areia, o que era empolgante.
Hoje, podemos continuar a sonhar através das construções na areia duma câmara municipal que tem à frente dos seus destinos, há sete anos seguidos, o senhor doutor João Ataíde...

Nota de rodapé.
Imagem sacada da edição fim de semana do Diário de Coimbra.

O meu voto está garantido: no (pica) "sete"...

Teotónio Cavaco, hoje na sua crónica habitual no jornal AS BEIRAS.
"No que diz respeito ao ciclo eleitoral, em muitos concelhos já passou um pouco mais de sete anos desde que as respectivas equipas vencedoras iniciaram mandato, faltando um pouco mais de sete meses até serem sufragadas de novo – é o caso da Figueira. Há sete anos, foi prometido uma Aldeia do Mar (com esplanadas, comércio e um Hotel, entre outras), isenção de taxas e licenças e a redução do IMI, um Corredor Verde, o PDM, o coreto no Jardim, o Mundialito de Futebol, o Mundial de surf, uma Rede Integrada de Transportes, rastreios gratuitos no 1.º ciclo de Oftalmologia e Dentista… tudo anunciado em sete cartazes, nada disto efetivamente concretizado. E agora que faltam pouco mais de sete – meses… – para o sufrágio, promete-se a finalização da requalificação(zita) da praia, a iluminação da praia para o surf noturno, a intervenção na Piscina-praia, o PEDU(zinho). Somos convidados a perdoar setenta vezes sete, mas dizem os entendidos nestas coisas que o sete, justamente por representar o fim de um ciclo e o começo de um novo, traz a ansiedade pelo desconhecido, e portanto, a renovação… Voto em eleições a cada sete meses!…"

Lido isto, não é difícil imaginarmos o jardim municipal, com  música  vinda do coreto nos dias de festa. O coreto, evidentemente rodeado de gente ávida de a ouvir. 
Noutros tempos, isto é, noutra Figueira, era assim, com simplicidade, que a música chegava ao Povo. 
E hoje? 
Hoje, há concertos no CAE para elites...
E foi assim que a Câmara se foi demitindo de mais uma das suas funções culturais.
Para que não se perca tudo, deixo-vos com António Zambujo...

Seriedade da gente séria, é outra coisa...

Notícia Expresso Economia: "Fundo de Aprígio gera perdas à banca de €55 milhões"...
"São bens preciosos que justificavam o optimismo de Aprígio quando garantiu, no momento em que invocou a protecção judicial dos credores, que "somos um grupo com bons activos e ninguém vai pagar as dívidas por mim".

E A NAVAL 1.º DE MAIO?
No futebol, Aprígio celebrizou-se como presidente da Naval 1.º de Maio, levando o centenário clube da Figueira a competir seis épocas na liga principal
E como está a Naval? Esbraceja para sobreviver, definhando no último lugar, sem vitórias (dois pontos) na série E do terceiro escalão do futebol (Campeonato de Portugal).
Em 17 jogos sofreu 73 golos. Na jornada deste domingo sofreu mais uma goleada (5-0) no campo do Carapinheirense."

E o futuro?..

para ler melhor clicar na imagem
"Portugal...país engravatado todo o ano que se assoa à gravata por engano"- Alexandre O´Neill.

Se isto fosse para levar a sério, o problema estaria no simples facto de a "rapaziada" que tem governado a Figueira, nos últimos cerca de 40 anos, ainda não ter percebido que já se está no domínio da insustentabilidade. 
O porreirismo figueirinhas, o deixa andar, que nos caracteriza permitiu a criação de uma sociedade figueirense estratificada por castas, onde uns podem opinar e mandar bitaites, quiçá ter acesso a informação privilegiada, e outros não. 

O esquema, tem barbas e não deu grandes resultados. 
Eles - os que se julgam tocados por algo superior - quais guardiões do templo, acham-se únicos e imprescindíveis. Mesmo quando arrufam entre si, não vislumbram, muito menos desejam, qualquer alternativa que não sejam eles próprios. Nos entretantos esperam e desejam que o povo continue a votar neles ao mesmo tempo que canta e ri, levados, levados sim.

Só que, subsiste um pequeno pormenor: ao impedir - por acção e omissão - toda e qualquer espécie de escape e de equilíbrio - através do próprio sistema - estes senhores vão ajudando a cavar, não só a sua própria sepultura, como também a do regime democrático em que se dizem inserir, já que impedem toda e qualquer capacidade deste - ao mesmo tempo que a Figueira - se auto-regenerar por dentro.

Esta não é uma prosa pessimista. Quanto muito, será uma prosa levemente fatalista e resignada. 
Isto vai ainda mesmo ficar pior, antes de haver uma réstia de esperança de poder ficar melhor. As coisas são o que são.
"Que é o futuro para a Figueira?", eis a pergunta das perguntas  que resta, depois de ler o que está escrito na imagem acima, que saquei hoje do jornal AS BEIRAS.
E, a resposta, surgiu-me como se fora o verso de um poema: "o futuro terá de passar por uma coisa cá dentro que nos dá coragem."