O mundo que temos é este em que vivemos. Portanto: «não importa para onde tentamos fugir, as injustiças existem em todo o lado, o melhor é encarar essa realidade de frente e tentar mudar alguma coisa.» Por pouco que seja, sempre há-de contribuir para aliviar...
domingo, 8 de janeiro de 2017
Árvores sem ramos
Avenida 12 de julho, Gala, foto antónio agostinho
«Neste inverno de 2017, tal como em 1997, várias árvores colapsaram depois das “rolagens e podas camarárias”. O pinheiro manso, com mais de 50 anos, junto ao campo de basquetebol das “Traseiras” foi destruído. As Juntas de Freguesia continuam a “podar” as árvores “a torto e a direito”. Há anos que me questiono sobre os motivos que levam os serviços da Câmara Municipal e Juntas de Freguesia a olhar para as árvores somente como fonte de problemas: folhas que caem, raízes que crescem, ramos que incomodam “vizinhos”, etc. Surpreende a ausência de estratégia para a conservação das árvores com história e estética. Presidente, vereadores e técnicos, parecem indiferentes. Mitigação das alterações climáticas? Ambiente? Plantio e manutenção de novas cortinas arbóreas? Manter o pouco que resta dos pinheiros mansos? Mobilizar a sociedade para a valorização das espécies que caracterizam esta zona do Atlântico? – “Não estamos nem aí”, como se diz no Brasil. Nos últimos dias do ano, uma brigada da Junta de Freguesia de Buarcos resolveu “higienizar” uma zona verde. O resultado foi o corte de toda a vegetação, incluindo duas aprazíveis figueiras que desapareceram num ápice. São precisos poucos minutos para destruir o que levou anos e anos a “construir” (crescer). Em matéria de árvores e “ambiente” regredimos, mantendo-se as mesmas rotinas, as podas e rolagens sem sentido, e uma falsa “higienização” que nos desenraíza.» Um crónica de João Vaz, consultor de ambiente
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