Via Diário as Beiras
"Os concessionários que aguardavam luz verde para instalarem os seus equipamentos na zona requalificada do Cabedelo já podem levantar as licenças de construção, uma vez que a passagem dos terrenos e de três edifícios, da administração portuária para o Município da Figueira da Foz, já foi formalizada.
São quatro os espaços concessionados: um destinado a restauração e os outros a escolas de surf.
"Os concessionários que aguardavam luz verde para instalarem os seus equipamentos na zona requalificada do Cabedelo já podem levantar as licenças de construção, uma vez que a passagem dos terrenos e de três edifícios, da administração portuária para o Município da Figueira da Foz, já foi formalizada.
São quatro os espaços concessionados: um destinado a restauração e os outros a escolas de surf.
Àqueles quatro, em
breve poderão juntar-se
outros três.
“Possivelmente, vamos avançar
com a concessão dos balneários do antigo parque de campismo, que
também deverão ser utilizados para apoios de
praia [restauração], negócios relacionados com
a atividade do surf ou
outros” - vereador Manuel Domingues, em declarações ao
DIÁRIO AS BEIRAS.
Ao abrigo do acordo
assinado entre a administração portuária e o
município da Figueira
da Foz, o edifício que
serviu de sede administrativa do antigo parque de campismo, onde
também funcionou um
restaurante e café, ficou
de fora da mudança de titulares dos imóveis.
Este imóvel instalado na
nova praça do Cabedelo é o mais cobiçado.
O edifício-sede do antigo parque de campismo
integra o estudo de viabilidade económica para a
concessão da futura marina do Cabedelo, daí ter
sido excluído do pacote
de transferência de património da administração
portuária para o município.
Todavia, se o estudo
concluir que o imóvel
não constitui uma mais valia para a concessão do futuro equipamento,
poderá também vir a ser
concessionado em hasta
pública."
Nota de rodapé.
O edifício que serviu de sede administrativa do antigo parque de campismo, que eu conheço como as palmas das minhas mãos, que condicionou todo o projecto de requalificação do Cabedelo, que deu, por responsabilidade da gestão socialista à frente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, naquilo que já todos sabem, encontra-se num estado de degradação em marcha acelerada para vir a tonar-se numa BELA e TURÍSTICA ruína, a acompanhar, num futuro não muito longínquo, a ruína geral que vai ser o resultado do plano de requlificação do Cabedelo levado a cabo pelo município da Figueira da Foz entre 2017 e 2022.
Porquê o interesse da administração portuária - recorde-se que um dos membros é o anterior presidente de câmara Carlos Monteiro - em ficar, para já, na posse administrativa de um edifício em tais condições?
Face ao estado do edifício, não seria mais precavido, sensato e lógico, tentar avançar já para a sua concessão e recuperação, em vez de se estar à espera de uma putativa concessão inserida no processo da futura marina do Cabedelo, que ninguém, neste momento, sabe quando vai acontecer, ou se vai mesmo acontecer?
Por outro lado, os três antigos balneários tinham ligações de água, luz e esgotos. Com as obras, ficaram sem essas mais valias.
Como é?
Quem ficar com os equipamentos vai ter de refazer essas infraestruturas básicas para uma actividade comercial, ou será o erário público que vai ter de repor o que já existia e foi destruído pelas obras feitas a todo o vapor no Cabedelo, só porque havia fundos europeus disponíveis para gastar ao desbarato, à grande e em força?
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