quinta-feira, 25 de maio de 2023

TOMADA DE POSIÇÃO PÚBLICA DE ALFREDO PINHEIRO MARQUES SOBRE DESPEDIMENTO DE Vladimir Pliasov

No passado dia 24 de Maio de 2023, a título pessoal, o historiador português Alfredo Pinheiro Marques que, desde 1995 foi, e é, fundador e director do Centro de Estudos do Mar (CEMAR) tomou uma posição pública que se transcreve:

IMAGEM VIA JORNAL PÚBLICO

"Mostrando a subserviência do seu oportunismo, e a hipocrisia do seu verdadeiro rosto, pseudo-progressista (que eu, pessoalmente, conheci ao fim de 22 anos de serviço), essa Universidade que se chama a si própria "de Coimbra", sempre milionariamente financiada com dinheiro público (e, agora, com negócios turísticos e imobiliários), acaba de despedir, sem razão, sem processo, sem contraditório, ao fim de 35 anos de serviço (!), o respectivo professor ("pro bono") de Língua e Cultura Russas… Fê-lo na manhã seguinte a receber uma ordem mediática para isso. Uma ordem dada, na televisão, por um Exo. Sr. chamado Milhazes, e por dois Exos. Srs. cidadãos estrangeiros residentes em Portugal (ucranianos), defensores das suas próprias opiniões e interpretações políticas e históricas.


Segundo uma notícia publicada pela CNN Portugal, o Exº. cidadão português que, neste momento, desempenha funções de Reitor, em Coimbra, nessa universidade de província, quando instado a dar qualquer explicação para esta situação inacreditável, vergonhosa, e ridícula, declarou que "a gravidade da situação obriga-me" a que seja feito esse despedimento. ( https://cnnportugal.iol.pt/universidade-de-coimbra/centro-de-estudos-russos/universidade-de-coimbra-despede-professor-de-estudos-russos-alvo-de-denuncias-de-propaganda-pro-putin/20230510/645bb8dbd34ef47b8753b63a ).

Nomeadamente (segundo a notícia da CNN Portugal, etc.) os activistas ucranianos residentes em Portugal denunciaram esse professor porque "(…) refere-se ao antigo Estado eslavo de “Rus” com a sua capital em Kyiv como “Rússia Antiga” ou “Sudeste da Rússia”. Classifica como “língua russa antiga” a língua deste Estado que deu origem às três línguas eslavas orientais. Assim distorce fatos históricos, levando a que os estudantes, e outros leitores, fiquem com a ideia de que a Ucrânia como tal nunca existiu, foi sempre Rússia e terra russa, o que coincide com as opiniões dos “escritores russos" (…).

Trata-se aqui, portanto, de um professor universitário que está a ser despedido, sem razão, sem processo, sem contraditório, ao fim de 35 anos de serviço, por fazer afirmações de História
Mais concretamente, por fazer afirmações de História que são VERDADEIRAS…!
(e, mesmo que o não fossem, estaria sempre a ser despedido sem razão, sem processo, sem contraditório, ao fim de 35 anos de serviço…)."

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