"Considero a rua 5 de outubro, em Buarcos, uma das varandas privilegiadas do concelho da Figueira, um daqueles espaços que nos convida a agradecer a criação de Deus, a desfrutar da envolvência natural, mas também a refletir na permanente ação humana de transformação do espaço, nalguns casos bem conseguida, mas noutros desgraçadamente infeliz, quando não atentatória.
Duas das razões pelas quais me opus terminantemente ao desenho das intermináveis obras, apresentadas como a 1.ª fase de requalificação urbana da frente marítima de Buarcos (e que já custaram mais de 1,5 milhões de euros) são a falta de estacionamento e a não consideração de aquele espaço tem de continuar a permitir uma ligação fluida entre a Figueira e o cabo Mondego (e a praia de Quiaios, desejavelmente).
Mas manda quem pode, e assim a rua 5 de outubro tornou-se num desordenado parque de estacionamento, não cumprindo eficientemente as suas principais finalidades, a de proporcionar acesso a quem lá vive e/ou trabalha, e a de permitir descansados passeios a pé ou de bicicleta.
Penso que o debate, muito aceso principalmente nas grandes cidades do Planeta, sobre os prós e os contras de banir o uso de automóvel dentro dos centros urbanos e de, assim, devolver as ruas às pessoas, tem pecado por exageros e extremismos de ambas as partes, uns só a pensar no ambiente, os outros só a pensar na economia, pelo que o ideal é a compatibilização de interesses, sempre envolvendo as pessoas nas soluções a adotar.
Defendo, portanto, que a Câmara deve exercer a sua autoridade administrativa, não para proibir a circulação de viaturas na rua 5 de outubro, mas sim para a limitar, de modo a ficar apenas permitido o acesso aos moradores, aos cidadãos com mobilidade reduzida, aos serviços municipais e de urgência, aos táxis e aos serviços de cargas e descargas, estes em período claramente definido. Mas não é preciso pintar a rua!…"
Via Diário as Beiras
Duas das razões pelas quais me opus terminantemente ao desenho das intermináveis obras, apresentadas como a 1.ª fase de requalificação urbana da frente marítima de Buarcos (e que já custaram mais de 1,5 milhões de euros) são a falta de estacionamento e a não consideração de aquele espaço tem de continuar a permitir uma ligação fluida entre a Figueira e o cabo Mondego (e a praia de Quiaios, desejavelmente).
Mas manda quem pode, e assim a rua 5 de outubro tornou-se num desordenado parque de estacionamento, não cumprindo eficientemente as suas principais finalidades, a de proporcionar acesso a quem lá vive e/ou trabalha, e a de permitir descansados passeios a pé ou de bicicleta.
Penso que o debate, muito aceso principalmente nas grandes cidades do Planeta, sobre os prós e os contras de banir o uso de automóvel dentro dos centros urbanos e de, assim, devolver as ruas às pessoas, tem pecado por exageros e extremismos de ambas as partes, uns só a pensar no ambiente, os outros só a pensar na economia, pelo que o ideal é a compatibilização de interesses, sempre envolvendo as pessoas nas soluções a adotar.
Defendo, portanto, que a Câmara deve exercer a sua autoridade administrativa, não para proibir a circulação de viaturas na rua 5 de outubro, mas sim para a limitar, de modo a ficar apenas permitido o acesso aos moradores, aos cidadãos com mobilidade reduzida, aos serviços municipais e de urgência, aos táxis e aos serviços de cargas e descargas, estes em período claramente definido. Mas não é preciso pintar a rua!…"
Via Diário as Beiras
1 comentário:
Duas notas:
Buarcos tem falta de estacionamento no mês de Agosto, entre as 10:00 e as 19:00.
O acesso à 5 de Outubro, segundo a sinalização colocada no final da obra, contempla ainda menos casos de utilização. O problema reside em quem devia fazer cumprir a lei.
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