Gosto desta definição porque inclui
o essencial, uma
cidade moderna é
um local onde as
pessoas se sentem bem, confortáveis e em paz com o que as rodeia.
A Figueira da Foz é uma cidade
moderna?
Depende dos termos de
comparação, do paradigma utilizado para aferir a qualidade de vida
existente e capacidade de atracão
da cidade. Se formos minimamente
exigentes verificamos que a Figueira
está muito atrasada na modernização da sua infraestrutura urbana
e gestão do património natural, e
não explora o seu potencial, afastando-se daquilo que é uma cidade
moderna.
As cidades modernas querem
fazer mais com menos, usam os
recursos de forma inteligente,
crescendo em parceria com o tecido
económico, ouvindo as pessoas e
colocando-se ao serviço da comunidade.
Uma cidade moderna coloca o
ambiente, as alterações climáticas
(adaptação, mitigação), a descarbonização no centro das decisões,
alocando um investimento específico com objectivos mensuráveis de
médio e longo prazo.
Na Figueira,
como em quase todo o país, pensa-se a 4 anos.
A gestão ambiental parou no tempo, faltando ligação entre iniciativas,
desde a manutenção dos espaços
verdes e sentido de bairro/comunidade até à arborização coerente da
malha urbana. O planeamento (há?)
da ciclovia urbana é exemplo de
ausência de modernidade: descontinuidade e solavancos.
Uma cidade
moderna sente-se na qualidade e
estado dos passeios, na prioridade
dada aos peões, e em especial à
segurança de crianças e idosos, em
detrimento do carro. Numa cidade
moderna não há carros estacionados em cima de passeios…
Entre nós figueirenses há actualmente falta de massa crítica para
enveredar por políticas que tornem
a cidade moderna.
Precisamos de
decisores disruptivos e ousados,
porque estamos reféns de gente
(técnicos, decisores, líderes cívicos,..
etc.) conservadora, colonizada pelo
populismo (da esquerda à direita),
que recusa a modernidade."
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