"O número de colectividades daqui é bem impressionante mas nunca excessivo. Cada associação nasceu da vontade de um grupo que agregou outros, mobilizou, fez crescer o entusiasmo nos vizinhos, familiares, amigos. Sim, porque o associativismo vive em primeiro lugar da amizade e dos laços que tece, sempre com muitas dificuldades mas animados os dinamizadores de uma vontade assombrosa, digna de sempre ser sustentada. Há anos ouvi um dirigente de uma associação financeiramente saudável dizer que estes organismos teriam de deixar de ser “subsídio-dependentes”! Não sei a quem se referia, se a caso isolado a quem servisse o remoque, mas dito assim considerei ofensivo e muitíssimo injusto. Se alguma colectividade tiver que ser extinta que tal não se deva a abandono, nomeadamente por parte dos poderes, mas por vontade dos sócios, expressa em Assembleia Geral, segundo a lei. O papel das colectividades é insubstituível. De pé no terreno, atentas ao momento e aos problemas, sempre na disposição de dar o seu melhor. Basta um olhar rápido aos “sítios” da Federação Portuguesa ou da Associação de Colectividades local para tal verificarmos. O que a AC declara como princípios e objectivos passados e presentes, retira qualquer dúvida em relação ao esforço destes denodados amigos abnegadamente dispondo do seu tempo: “O associativismo vive da comunhão e da partilha para que a experiência humana possa ser mais leve e feliz. Lutamos, diariamente, contra o individualismo e o comodismo que cerceiam este desiderato. Hoje, por muito que nos custe escrever isto, a exigência nacional assim o obriga: #fiqueemcasa”. Mesmo confinados, tenho a certeza de que continuarão labutando, para que quando este terrível momento passar, as vidas possam ser mais leves e mais felizes, tendo estes dirigentes contribuído uma vez mais para o propósito. Tanto há a dizer de medidas urgentes ao apoio do movimento associativo popular: um viável estatuto do dirigente, redução do IVA em equipamentos vários, desportivos, musicais, adereços… Eles e elas merecem! Agradeçamos."
Via Diário as Beiras
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