Há prazeres que uma vez experimentados, não nos largam mais: a escrita é um deles.
Não é apenas um prazer, é uma forma subtil de nos desvendarmos aos outros e de certa forma nos darmos.
Vendo as nossas escolhas nos escritos o leitor vai-se apercebendo de quem tem pela frente...
Há um tempo para tudo. Tudo tem um fim...
Mas, ainda havia tanta coisa para escrever Daniel Santos!..
Não havia necessidade...
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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2 comentários:
É pena por que é dos únicos cuja verticalidade a educação a postura e a dignidade se sobrepõem a qualquer interesse.
Caro António.
Fiquei sensibilizado quando li este seu post. Sobretudo porque sei que é sincero e parte de quem não receia o confronto de ideias(já falámos sobre isso). E que bem que escreve! Concordemos ou não, é assim!
Conforme poderá ler no comentário que escrevi no FB a propósito das amáveis palavras que me foram dirigidas por vários amigos, as razões têm a ver com o reconhecimento de que é preciso que outras (esperamos que sempre desinteressadas) opiniões sejam publicadas. Tenho também outras tarefas que quero coligir, tratar e publicar.
Repito o que escrevi: nunca fui pressionado ou constrangido naquilo que publiquei.
E(post omnes!) estou vivo! Vou fazer por aparecer sempre que for oportuno.
Grande abraço.
Daniel Santos
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