Só um presidente que conhece bem Portugal, é que sabe que por cá uma piada, para ser piada mesmo, tem de acontecer ao vivo.
Na véspera de Natal de 2016, Marcelo inaugurou o roteiro da pinga...
Ontem, esteve na ginginha.
Tem muito trabalho pela frente o presidente de praticamente todos os portugueses: à sua espera tem o abafado, a jeropiga, o vinho do Porto, o vinho da Madeira, o moscatel, o licor Beirão, a água pé, o bagaço, o medronho, a poncha, o tinto, o rosé, o branco, etc.,
Nos intervalos, por motivos óbvios, convém passar pela água das Pedras, Vimeiro, Luso, Penacova, Fonte Nova, Termas da Amieira, Carvalhelhos, Castelo, Vidago, Termas da Curia, etc.
Marcelo conhece bem Portugal e os portugueses.
A tradição já não é o que era: reparem bem na foto...
Quem está com o copo na mão para beber a tal ginginha do Barreiro, e salvar a tal "tradição única" no país?
Pois é, os mais jovens limitam-se a rir...
A tradição é, também, a ilusão da permanência.
Marcelo, como português e conhecedor do Portugal profundo, está a esforçar-se para manter as tradições...
Noblesse oblige!
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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