"Sem mais delongas, gostaríamos que os ilustres autarcas puxassem pelo seu bestunto e nos explicassem porque é que mandaram apagar parte da iluminação, que nunca é demais, por todo o concelho e, ao invés, implementaram a iluminação no areal da praia da Figueira da Foz?
Não percebemos esta dualidade de critérios, parece-nos a velha prática corrente: tira-se das freguesias e coloca-se na cidade.
Concluímos, mais uma vez, que a nossa Câmara Municipal anda a tratar-nos por trouxas.
Ah! Talvez a iluminação não seja para iluminar os grãos de areia, mas sim para indicar a “pista oásica” para orientar o pato-bravo a aterrar no aeroporto do Lopes.
Mas já que nos tratam por trouxas, malbaratando o dinheiro de todos nós, porque não largarem por ali, naquele areal imenso, uns gambozinos para as pessoas se entreterem? Pelo menos seria mais imaginativo e mais original que as modernices dos pokémons.
Pois é, ficamos irrascíveis quando nos querem desintestinar!... Já não conseguimos ter humor para tanta burrice!.."
Manuel Cintrão
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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