segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Eu sei que sou um eterno insatisfeito... Resta-me, aguentar e cara alegre. O que não tem remédio, remediado está!

Crónica de Teotónio Cavaco, publicada hoje no jornal AS BEIRAS.
"Era uma vez uma cidade na qual, sobretudo em duas épocas do ano, os fenómenos de luz provocada pelos homens com intenções metafísicas (o foguetório nos “santos populares” e os anjinhos e estrelinhas pelo Natal) provocavam invariavelmente avaliações bem mais prosaicas, ao nível do “gostei/não gostei – no ano passado é que foi bom/este ano está melhor – deviam era usar o dinheiro para os pobres/é desta que se vende mais qualquer coisa no comércio – já vi mais carros estacionados na relva/nunca me lembro de ver tanta gente na rua”.
Ainda mais curioso era observar que as opiniões eram defendidas, não com base em qualquer estudo ou análise sistemática, mas por simpatia ou antipatia ao Grande Líder, ou aos seus regedores, ou ao(s) Partido(s) que o apoiavam cegamente.
Nessa cidade, ainda havia quem lembrasse que a luz, associada ao uso da razão, tinha como raiz histórica o Iluminismo, movimento intelectual que surgiu durante o séc. XVIII na cidade-luz (Paris), o qual defendia a necessidade de mudanças políticas, económicas e sociais, baseadas nos ideais de liberdade, igualdade e fraternidade, bem como na prática da tolerância religiosa.
A essa cidade chegaram um dia notícias de que um grande construtor mundial de carros (eléctricos) e de baterias Li-Ion (iões de lítio) queria investir numa zona com grande quantidade de horas de sol anuais. E o que se fez nessa cidade? Iluminaram-se os anjinhos e as estrelinhas…"

Moral da «estória», se esta «estória» tivesse moral: na Figueira é sempre carnaval!
O limite, na Figueira, não é o céu.
Pode ser o simples facto de, na Figueira, ser sempre carnaval.

Na Figueira, esse sonho tem sido possível...
Portanto, nada mais natural, que este executivo camarário - na minha modesta opinião, o pior executivo camarário que geriu os destinos da Figueira da Foz, desde que tenho memória -   se sinta  na obrigação de mantê-lo e assegurar o engenho e arte de o ir tornando realizável.
A ele, ao carnaval permanente...

E ainda bem que assim pensa quem de direito. 
A vida são dois dias, o carnaval são três e a saúde é um estado transitório que não augura nada de bom! 
E enquanto o pau vai e vem, folgam as costas.

Viva o carnaval!
A folia, mesmo que artificial, e o bom humor, são duas das melhores peças de vestuário que alguém pode usar na sociedade...

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