Via AS BEIRAS.
«João Ataíde revelou que o pedido para a instalação de (mais) uma superfície comercial na cidade foi indeferido, por não cumprir os requisitos.
Contudo, salvaguardou o presidente da Câmara da Figueira da Foz, o “chumbo” não impede que o promotor venha a apresentar uma nova proposta. O presidente, eleito pelo PS, que respondia, na assembleia municipal, ao deputado do PSD Teotónio Cavaco, reconheceu que o dossiê dos novos espaços comerciais “é um problema delicado”.
Entretanto, este ano, segundo adiantou a vereadora Ana Carvalho ao jornal As Beiras, não foi uma, mas duas médias superfícies, com supermercados e lojas, indeferidas pela autarquia, uma Aldi e outra Continente, para a várzea de Tavarede.
A segunda marca apresentou um projeto para ocupar uma área de cinco mil metros quadrados, a maior das duas. Em ambos os casos, os promotores podem reformular a proposta, o que ainda não aconteceu. O “não” da autarquia baseou-se no impacte para o trânsito e no “próprio projeto”, revelou a autarca.
Ana Carvalho afiançou que a autarquia “tem tentado convencer” os interessados a instalarem- se nas zonas mais centrais da cidade. O Minipreço acaba de inaugurar uma loja na central rua da República, lembrou.
“Quando é assim, tentamos facilitar ao máximo a sua abertura”, garantiu.
E também tentam dificultar ao máximo quando preferem instalara-se nas periferias?
“Tentamos dissuadi-los”, respondeu.
Primeiro nas redes sociais e, depois, no debate eleitoral, circula a informação de que vai ser construída uma “mega superfície” comercial na várzea de Tavarede.
“É mentira”, asseverou Ana Carvalho (ver declarações da vereadora mais acima: "não foi uma, mas duas médias superfícies, com supermercados e lojas, indeferidas pela autarquia, uma Aldi e outra Continente, para a várzea de Tavarede.).
João Ataíde havia dito, na assembleia municipal, que não chegou à câmara qualquer pedido para aquele efeito»!..
Para memória futura:
«Ainda respondendo ao autarca social-democrata Teotónio Cavaco , Ataíde garantiu que não vai ser instalado um posto de abastecimento de combustíveis na nova área comercial que está a ser construída em frente ao Centro de Saúde de Buarcos.»
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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