terça-feira, 25 de abril de 2023

OUTRA MARGEM, 17 anos...

OUTRA MARGEM,
 um blog com rosto
Li, em tempos, uma história de um galego que não tinha inimigos. 
A explicação é simples: homem espertalhão, sábio, possante e audicioso, fez a folha a todos.
Não sendo eu galego, espertalhão, sábio, possante, audacioso  e, muito menos, capaz de fazer a folha a alguém, possuo «a minha meia dúzia de inimigos de estimação».  
Quem me conhece bem, sabe a  pessoa que sou e o divertimento que me dá ter «esta meia dúzia de inimigos de estimação»
Portanto, como ser pragmático que sempre fui quanto às questões do ego, quando - e isso aconteceu bastas vezes no decorrer da minha vida - tentaram denegrir a minha imagem, nunca perdi tempo com isso: os Amigos sabem quem sou; os outros ficariam sempre na dúvida.
 
Um "teúdo e manteúdo", mantido por um blog tão pobrezinho como o OUTRA MARGEM, sem pais ricos, alguém próximo que lhe permita "viver às custas" e sem posibilidades de ir ao Totta, que teve de ter uma vida de trabalho de mais de 50 anos (quando comecei a labutar no tempo do fascismo era normal não se descontar) e com uma carreira contributiva para a Segurança Social de 44 anos completos, que lhe permite sobreviver, ainda que sóbria e modestamente, apenas com uma reforma de velhice, tem alguma autoridade, capacidade e moralidade para deixar isto claro: ainda bem que possuo «esta meia dúzia de inimigos de estimação». Prestam-me um serviço inestimável: todos os dias me lembram o que não devo ser. 

E por cá ando, com gosto (como dizia uma amiga minha, prazer é outra coisa...) há 69 anos pela vida e há 17 anos com este projecto que se chama OUTRA MARGEM.
A primeira postagem aconteceu no dia 25 de Abril de 2006.
Obrigado aos milhares de leitores (alguns tornaram-se Amigos) que têm acompanhado esta já longa caminhada.
Citando NICOLAU MAQUIAVEL, filósofo, historiador, poeta, músico e diplomata italiano, que viveu entre 1469 e 1527, “quando um homem é bom amigo, também tem amigos bons.” 
 
Aos 17 anos ainda se é relativamente jovem, apesar de no mundo virtual se envelhecer mais depressa do que no mundo real...
Fica, porém, uma interrogação: por mais quanto tempo? 
Nem eu sei: vamos andando e vamos vendo. 
Para já, um dia de cada vez.

Não há bolo para distribuir, mas há cravos de Abril.
25 de ABRIL SEMPRE!

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