terça-feira, 3 de abril de 2018

Tal como nos romances de Alexandre Dumas, na Figueira há vilões, mentiras, traições, suspense, faltas de carácter... Palpita-me, porém, que não haverá casamentos felizes, pois não viverão felizes para sempre...

"De Alexandre Dumas, um dos maiores cronistas da história de França, dizem que o êxito dos seus livros se devia ao facto de serem publicados, capítulo a capítulo, num jornal. Conseguia assim o escritor tratar cada tema em capítulos com princípio meio e fi m, deixando o leitor à espera de novo capítulo. Nunca conseguiria tal feito, mas confesso que pela terceira vez a tentar concluir o que venho escrevendo desde há 3 semanas sobre a Figueira, me fez lembrar esta particularidade de tão ilustre escritor.
É que com 1400 carateres a tarefa torna-se árdua quando há tanto por dizer… mas tentando concluir estas crónicas, falei da cidade de comércio, da cidade de indústria, da cidade portuária e faltam então algumas notas da cidade de vocação turística, da cidade estival, da cidade hospitaleira que recebe bem quem a visita, quem permanece e até quem nela se estabelece. É sobre essa última que vos deixo uma pista e convido a fazer uma refl exão: ao abrir o Anuário do Turismo Português de 1965/66, existia uma Comissão Municipal de Turismo dirigida pelo Vereador Severo Biscaia, e sobre o número de hotéis da época verifi quei, excluindo Lisboa, que tínhamos 9 hotéis em funcionamento na Figueira, 8 no Porto e no Funchal, 6 em Coimbra, 2 em Leiria e 1 em Aveiro. E hoje quantos existem nessas cidades? E por cá? O que nos sucedeu? Recordando Joaquim Gil, a cegueira dos políticos locais continua, por isso autorizem mais supermercados … e são 5 horas na torre do relógio!"

"O Sonho - crónicas da cidade (conclusão)", por Isabel Maranha Cardoso, economista, via jornal AS BEIRAS.

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