terça-feira, 24 de abril de 2018

Deus, que é Deus, trabalhou seis dias... Temos de compreender, portanto, tanto descanso na defesa dos valores de Abril...

"A Liberdade proporcionada pela madrugada por muitos esperada, “O dia inicial inteiro e limpo/ Onde emergimos da noite e do silêncio/ E livres habitamos a substância do tempo”, nas palavras de Sophia, significa, sobretudo, Luta (contra), Mudança (para), Estímulo (porque) e Desígnio (para quê).

Luta contra a guerra, o aumento do custo de vida, o imobilismo, a censura.

Mudança para a institucionalização de um Estado de Direito – Democratizar, Descolonizar, Desenvolver, na direção da conquista e aperfeiçoamento dos Valores da Vida em Comunidade.

Estímulo, porque Winston Churchill disse que “todas as grandes coisas são simples; e muitas podem ser expressas numa só palavra: liberdade”.

Desígnio, na medida em que este Património cuja titularidade é do povo português nos obriga a olhar o futuro.

Para nós, juntos, a cada dia o desafio já não é o de conseguirmos conquistar a Liberdade, outrossim o de sermos capazes de a manter (a liberdade individual, o direito de propriedade, de pensamento e de expressão, a economia de mercado, um Estado eficiente, uma democracia representativa com limites institucionais à ação das administrações centrais e locais).

Ousemos, assim, duvidar de velhas e gastas receitas e de modelos ultrapassados, empreendamos uma cultura de planificação da nossa atividade, e sejamos capazes, sabiamente, de pedir a Deus a capacidade de executar coisas fortes e belas, como

Desígnio pessoal mas fraterno."

Abril II, uma crónica de Teotónio Cavaco, via AS BEIRAS.

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