quarta-feira, 25 de abril de 2018

12 anos de estórias com muitos sentimentos...

Quanto mais envelheço, mais percebo que o dia de aniversário é, no fundo, apenas um dia com vinte e quatro horas que se sucede a uma véspera com vinte e quatro horas e prenuncia um dia seguinte com outras vinte e quatro horas. E por aí fora...

25 de Abril de 1974, não é uma data, não é uma expressão.
Foi uma realidade e  continua a ser, para mim, uma imagem cheia de vitalidade, romance, visão do futuro - um momento de libertação e orgulho.
25 de Abril de 1974, foi isso para mim.
Foi por isso - e só por isso - que em 25 de Abril de 2006 decidi criar este OUTRA MARGEM.
Sim eu sei, que falar sobre a verdade, em Portugal, na Figueira e na Aldeia, a 25 de Abril de 2018, é difícil e é perigoso...

Foi há doze anos que criei este blogue.
Porventura, ninguém daria por isso. Mas, a postagem aí está para o provar.
Nunca fui beneficiado por nenhuma das minhas abordagens neste meu blogue. Nunca fui convidado para coisa nenhuma. Também, se o fosse, não aceitaria. Prezo e continuarei a prezar a minha isenção e jamais me colocaria ao serviço de alguém em particular. 

Quando votamos, pretendemos contribuir para melhorar a vida de todos nós. As nossas opções são feitas de acordo com a informação disponível. Quando essa informação falha, as escolhas dificilmente serão as correctas… 
Uma comunicação social que falha no cumprimento desta missão, faz parte do problema e não da solução. 
É por isso que existe este blogue, que é feito por alguém que sempre considerou o jornalismo como serviço público.

Esta nova forma de comunicar que surgiu, presumo, no ano dois mil,  foi o começo da decadência da tradicional imprensa escrita.
Até aí os jornais e as revistas detinham o exclusivo da informação sem contraditótio.
Hoje, a blogosfera e as redes sociais são uma força poderosa no combate pela verdade e na minimização das campanhas propagandísticas para favorecer certas forças políticas. 
Por isso, as empresas proprietárias do meios de comunicação social mostram inquietação.
Como, até agora, não conseguiram calar a blogosfera e as redes sociais, gritam pela criação de um instrumento de controle das mesmas, obviamente com o objectivo escondido, mas final, de lhes trazer de volta o protagonismo comunicacional que perderam. 
Curiosamente, porém, os órgãos de comunicação social, duma maneira geral, estão nas redes sociais e fazem questão de o salientar nos jornais,  nas rádios e nos canais de televisão. 

Nunca pensei que este blogue tivesse vida tão longa. 
Conheço-me bem. Achava que me iria fartar de escrever e publicar. 
Eu farto-me de tudo passado um tempo. 
Ainda não aconteceu. Por isso, cá continuo... 
E a sentir-me bem por poder contrariar aqueles que, dispondo dos instrumentos fortes para manipularem a opinião pública, hoje têm mais dificuldades em o fazer na Figueira...

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