segunda-feira, 2 de abril de 2018

Na Figueira, cá vamos andando... (aparentemente em democracia, mas comprovadamente sem qualidade...)...

Teotónio Cavaco, hoje na sua crónica publicada no jornal AS Beiras:
"Parece-me, pois, lícito perguntar: o que foi feito, nos últimos 10 anos na Figueira, para atrair população (jovem)? E para aqui fixar residentes? E para garantir um envelhecimento ativo? Números…"
O actual desenvolvimento da Figueira está intrinsecamente ligado à qualidade dos  governantes que teve e da respectiva governação.
Foi a falta de qualidade dos seus políticos que determinou, em grande medida, a falta de qualidade da democracia e o consequente definhamento político, social e económico. 
A actividade política é, mais do que importante, fundamental, e tem consequências na vida de todos os figueirenses.
Por isso, dos políticos espera-se níveis de rigor e exigência comportamental com critérios e amplitudes mais rígidas das exigíveis aos outros cidadãos. 
De igual modo, por razões óbvias, se espera dos juízes, em áreas muito especificas do quotidiano, normas de conduta e exigência comportamental elevadas.

Dos políticos, espera-se visão, conhecimento e  capacidade de trabalho em prol da pólis. 
Deveria partir dos políticos, a audácia com competência, o sonho, a confiança, o exemplo de trabalho e dedicação, entrega e rigor. 
Que servissem e não se servissem, que estivessem nos cargos de forma ética e fossem frugais as suas posições relativamente a interesses e benefícios para eles próprios, familiares ou para amigos.
Aos políticos, a todos eles, exige-se que sejam incorruptíveis, consequentemente imunes a influências ou benefícios materiais ou de estatuto. 

A qualidade da gestão democrática na Figueira, passa pela independência dos políticos relativamente a domínios que não sejam o estrito cumprimento da defesa dos interesses do povo e do concelho. 
Consequentemente do desenvolvimento e coesão económica e social. 
Não há outro princípio de liderança que funcione que não assente na liderança pelo exemplo.
Na Figueira, nos últimos tempos o sistema está  cheio de favores, amiguismos e interdependências.
A meu ver, é aos políticos a quem mais se tem de exigir. 
E por uma razão simples: por serem isso mesmos - políticos.
São eles que, em periodos eleitorais, fazem promessas ao povo. São eles que, em periodos eleitorais, imploram o voto ao povo. São eles, por conseguinte, que deveriam defender os interesses do povo.
Uma democracia de qualidade passa, acima de tudo, por novos modelos de comportamento, ética e transparência no modo como os políticos actuam.
Há muito para melhorar e evoluir na democracia figueirense.

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