Depois de dois mandatos a ignorar a importância que a autarquia poderia ter na promoção do desenvolvimento concelhio, quem gere a câmara figueirense tem agora um desafio para enfrentar.
Seria interessante que o senhor presidente da autarquia, em vez de andar a cercear o debate político, com reuniões à porta fechada, por exemplo, explicasse aos cidadãos figueirenses, como encara o futuro da cidade cujo desenvolvimento lhe cabe promover.
Que ideias tem, com que recursos conta, o que pretende fazer?
Mas é também tempo para a oposição reflectir: como é possível que uma equipa tão incompetente consiga, oito anos depois de nada ter para apresentar de relevante e estrutural, além da bandeira da dívida, cuja história verdadeira, aliás, há-de um dia ser contada, ganhar as eleições com uma maioria absolutíssima?
Os abusos, os almoços, os jantares e a manipulação eleitoral da miséria económica e cultural não dá para explicar tudo.
A oposição perdeu, porque também não foi suficientemente competente e os partidos devem reflectir sobre se escolheram bem os candidatos, se a forma como funcionam internamente é entendida pelos eleitores, se os seus modelos se adequam aos desejos da população.
É bom e urgente que o façam, sob pena de dentro de quatro anos voltarem a perder...
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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2 comentários:
Caro amigo se nem o PS manda nada como é que a oposição há-de mandar?
O Rei e o príncipe sucessor do trono da Figueira (dois anjos papudos). Grande Maquievel.
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