"Há dias deparei-me com uma noticia onde o representante máximo da CMFF surge na companhia do Madjer, anunciando que pretende fazer um centro de futebol de praia daqui a 3 anos, o que me levou a interrogar porquê só agora esse interesse súbito (!?) e porquê só para o ano de 2020 (!?), pois se existe cidade com condições ímpares para a prática dessa modalidade, a Figueira da Foz é uma delas. Haja areia, vontade e empenho!
"Outros desportos de praia e mar continuam aguardar por melhores dias, como é o caso do surf. Há mais de 40 anos que sucessivas gerações de surfistas locais fruem das excelentes ondas oferecidas pela extensa frente oceânica do nosso concelho e caso não se implementem linhas orientadoras e sustentadas para a sua promoção, de nada vale ao Edil posar ao lado do “nazareno” McNamara (esclareça-se, um especialista de vagas gigantes que nada tem a haver com a nossa realidade).
Mas não é só na área do desporto que paira a obsessão de se apostar em figuras vindas de fora, qual receita milagrosa para a resolução de questões internas: A condução (duvidosa) do projecto do areal foi entregue a um arquitecto domiciliado em Aveiro; a dinamização (adiada) da ilha da Morraceira recaiu num professor da Universidade de Coimbra; o (inexistente) desenvolvimento económico do concelho assenta na recepção a embaixadores;
Todas essas iniciativas (e muitas outras) comportam um denominador comum: nada avança de feição e os convidados, tal como chegam, rapidamente debandam.
Excepção feita à governação local, uma área, também ela, extremamente carenciada, onde e apesar de não se vislumbrarem grandes resultados, a aposta vinda de fora já cá anda há oito anos."
Por Carlos Tenreiro. Para ler a crónica, na íntegra, clicar aqui.
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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