terça-feira, 6 de julho de 2010

Lá, como cá!.. Ou, cá, como lá!..

"Alguns destes estádios não vão estar em posição de cobrir gastos. Vão dar prejuízo", disse no passado mês ao diário "Mail & Guardian" o economista Stan du Plessis, da Universidade de Stellenbosch. Antevia já a ressaca económico-financeira dos 10 estádios renovados (quatro) ou construídos de raiz (seis) para a "festa" do Mundial de Futebol. Segundo notícias ontem divulgadas, o governo da África do Sul terá investido cerca de 2,6 mil milhões de dólares (assim a olho, algo como 3 mil milhões de euros) nos estádios do Mundial, dois deles nas pequenas cidades de Nelspruit e Polokwane, que apenas receberam quatro jogos da fase de grupos, despesas que muitos analistas consideraram completamente insensatas. Se substituirmos "Mundial" por "Europeu" e "Nelspruit e Polokwane" por "Aveiro e Leiria", "Faro e Bessa" ou outros nomes familiares, descobriremos que a História Universal da Insensatez se repete. E que governos a auto-propagandear-se e a alimentar amigos e empresas do regime à custa de obras faraónicas e inúteis a pagar pelos contribuintes não são, como poderia pensar-se, um exclusivo africano."
Manuel António Pina, JN

E, agora, que vai fazer o governo sul-africano?..
Talvez, quem sabe, telefonar a um especialista português, para tentar saber como se lida com estes “elefantes brancos”, a seguir à realização destes chamados grandes eventos futebolísticos internacionais!..

Sem comentários: