António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
5 comentários:
Em primeiro lugar, quero felicitar o Fala Barato pelo seu segundo aniversario.
Em segundo lugar, dar os parabéns ao Pedro Fernandes pelo bom trabalho realizado ao longo deste tempo. No entanto, está a olhos vistos o que é hoje o Fala Barato.
Ou será que foi sempre assim?
Um foto jornal em que as páginas centrais são saturadas com publicidade, divulgações e as noticias de cariz nacional são caprichosamente plagiadas.
Afinal onde fica o trabalho de casa?
Onde está o trabalho de equipa?
Era só directores e responsáveis, disto e daquilo...
Espero que o Fala Barato consiga a partir de agora ser aquilo que infelizmente ainda não conseguiu “ um jornal apolítico , produzido por UM GRUPO de jovens”.
Pedro mete esse pessoal a trabalhar...
Um abraço.
Caro Anónimo, obrigado por nos felicitar pelo nosso trabalho de dois anos, que não é só o Jornal “O Fala Barato”.
È bem certo que é um trabalho amador e muito difícil conseguir agradar a todos. Ao longo deste tempo colocamo-nos sempre ao dispor de todas as entidades oficiais e não oficiais para ajudar a terra em tudo o que fosse preciso.
Ao início, reuníamos na Junta de Freguesia ao qual nos foi generosamente cedida uma sala pelo Sr. Presidente, ao qual agradecemos, mas como víamos que certas pessoas estavam descontes com esse apoio tivemos que rumar a outras paragem porque nos viam ligados a uma cor política.
Quem se colocou ao nosso lado, decerto entendeu com bons olhos que essas parcerias nos ajudam a todos, de que é exemplo do Grupo Desportivo Cova Gala, desde já o nosso muito Obrigado, por tudo… Outras pessoas antes já nos tinham batido com a porta! Mas, contra isso nada.
Somos um grupo de Jovens que disse que pretendíamos inovar e mostrar trabalho, e assim foi. Ao longo de dois anos apresentamos mais trabalho/actividades do que as 3 Colectividades da terra juntas e com poucos recursos.
Não nos estamos a vangloriar com estes feitos, porque até, nem foram uns grandes feitos. Mas que deu trabalho, deu. Mas o melhor ainda está para vir… (fiquem atentos ás novas actividades).
Quanto ao Jornal “caro Anónimo”, é bem certo que não o desfolhei-a há já muito tempo. É com todo o gosto que lhe posso oferecer pessoalmente os últimos 12 Jornais, referentes ao ano transacto para poder verificar que as páginas centrais não estão carregadas com publicidade. É publicidade sim, mas é publicidade do que de melhor temos na nossa terra, e digo-lhe que a nossa terra “é Bonita”.
Quanto aos directores não se preocupe com eles, aqui só trabalha quem pode e a mais não é obrigado e sem remuneração, há quem receba para fazer o serviço público e o “caro Anónimo” se calhar nem se preocupa.
A palavra “Apolítico”, sempre lhe esteve entalado no cano. Aqui ninguém representa nenhuma cor política, e muito menos a sua. E continuamos a ser um Grupo de Jovens…
É bem verdade, que só neste país é que se diz só neste país. Isto só porque andam para aí pessoas que só falam, falam e ninguém os vê fazer nada!
Muito obrigado a todos os assinantes e leitores, porque sem eles não era possível completar dois anos.
Obrigado “caro Anónimo” por nos ajudar a esclarecer certos assuntos.
Pedro Fernandes
“Ao longo de dois anos apresentamos mais trabalho/actividades do que as 3 Colectividades da terra juntas e com poucos recursos.
Não nos estamos a vangloriar com estes feitos, porque até, nem foram uns grandes feitos!...”, diz o Pedro Fernandes no seu comentário.
Assim é que é, meu caro Pedro. È preciso marcar o terreno, prosseguir o estilo do grande chefe.
Modéstia para quê?
As desculpas, as reservas, a própria modéstia, bem reguladas, não são senão artes de ostentação; e entre estas artes não há melhor do que aquela de que Plínio falou, e que consiste em ser liberal de louvores e de elogios para com os outros, sobre os pontos em que cada qual possui alguma perfeição. Plínio disse-o muito lindamente: “ao louvardes outrem, prestareis justiça a vós próprios; porque aquele que louvais ou é superior ou é inferior a vós, quanto ao objecto do elogio; se ele é inferior, mas digno de ser louvado, vós mais dignos sois, se ele é superior, e indigno de ser louvado, menos indignos sois vós”.
Meu caro Pedro, deixa-me porém lembrar-te que os vaidosos são o escárnio dos homens sábios, a admiração dos tolos, os ídolos dos parentes, os escravos das suas próprias jactâncias.
“Mas o melhor ainda está para vir…”, segundo o Pedro. Fiquemos atentos, pois.
Outro anónimo
Pedro a verdade nunca é injusta, pode beliscar-nos, mas serve sempre para algo, nem que seja para abrir os olhos…
Vamos ser humildes e continuar a trabalhar rapaz.
Pedro 1º anónimo faz críticas construtivas e tu respondes assim.
Humildade nunca fez mal Pedro.
Podes só dizer quais são as cores políticas do homem??
Outro anónimo..
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