Patético, patético, simplesmente patético, é que, em quase dezasseis anos de poleiro, o homem ainda não ter percebido o que é "poder"!...
Portanto: "cidadões", aldeões, vilões e autarcas que pensais pela vossa cabeça, em São Pedro, tremei!..
O tempo em que éreis "exemplos", acabou. Adoptai hábitos correctos, comportai-vos e votai como os outros: todos juntos, ao molho e fé no “deus”…
Porque senão, sedes escorraçados, como os leprosos dos tempos modernos, que sois!...
Não nos obrigueis, contra a nossa vontade, mas para para vosso bem, a fazer-vos uma lavagem ao vosso minúsculo cérebro!.. Aqui, em São Pedro, não podeis ser diferentes!.. O que está formatado é que é bom!..
Aceitai, humildemente, a supressão das vossas liberdades e vivereis, para sempre, na paz do senhor!...
Ainda estão a tempo: arrependei-vos, submetei-vos, e, sobretudo, dai graças por terdes quem por vós zela...
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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1 comentário:
O quê? O homem levou 16 anos para destruir a própria carreira?
O povo é mesmo de brandos costumes, não é?
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