"A partir dos anos 50, a Figueira tornou-se na “rainha das praias portuguesas” também pela fortíssima publicidade feita através dos mais variados canais nacionais e internacionais, pelo que a legitimidade e a oportunidade do lançamento, pela Câmara Municipal, de uma campanha promocional do concelho da Figueira não está minimamente em causa, sobretudo entendendo-a como integrada na estratégia do Turismo Centro de Portugal.
De facto, é preciso convencer os portugueses, agora mais do que nunca, que a Figueira é o destino mais indicado para desconfinar dos dias da peste. Mas, não questionando quer a legitimidade quer a oportunidade da dita, tenho sérias reservas quanto ao seu conteúdo e manifestas críticas em relação à sua má qualidade técnica.
Quanto ao conteúdo: já aqui o escrevi que na Figueira dos últimos anos as ideias são apresentadas por impulso – sobretudo de calendário partidário e pessoal (e não obedecendo a uma lógica, muito menos pensando em sustentabilidade) – e têm sempre um travo amargo de cópia provinciana, de deja vu… são uns passadiços e um GeoParque no Cabo Mondego “como os de Arouca/do Paiva”, um Museu do Mar “como o de Ílhavo”, uma piscina de marés “como a de Matosinhos”…
Agora, parece que temos um pouco de Havai, de Florida, de Vietname, de Cabo Verde, de Nordeste brasileiro, de Mónaco, de Cote D´Azur… não, a Figueira é Figueira! (já que aqui estamos, que é feito da estratégia de há apenas alguns meses, do eh! primo, da varina e da piscina mar, do abrigo e do escritório, na qual foram gastos muitas dezenas de milhar de euros para promover a Figueira… entre os figueirenses?!…).
Em relação à má qualidade técnica, basta comparar esta campanha com os vídeos de tantos figueirenses, alguns galardoados internacionalmente, que fazem, nas redes sociais, promoção da Figueira, para perceber que, também neste caso, nem sempre o engenho e arte são concedidos por uma qualquer musa."
Via Diário as Beiras
De facto, é preciso convencer os portugueses, agora mais do que nunca, que a Figueira é o destino mais indicado para desconfinar dos dias da peste. Mas, não questionando quer a legitimidade quer a oportunidade da dita, tenho sérias reservas quanto ao seu conteúdo e manifestas críticas em relação à sua má qualidade técnica.
Quanto ao conteúdo: já aqui o escrevi que na Figueira dos últimos anos as ideias são apresentadas por impulso – sobretudo de calendário partidário e pessoal (e não obedecendo a uma lógica, muito menos pensando em sustentabilidade) – e têm sempre um travo amargo de cópia provinciana, de deja vu… são uns passadiços e um GeoParque no Cabo Mondego “como os de Arouca/do Paiva”, um Museu do Mar “como o de Ílhavo”, uma piscina de marés “como a de Matosinhos”…
Agora, parece que temos um pouco de Havai, de Florida, de Vietname, de Cabo Verde, de Nordeste brasileiro, de Mónaco, de Cote D´Azur… não, a Figueira é Figueira! (já que aqui estamos, que é feito da estratégia de há apenas alguns meses, do eh! primo, da varina e da piscina mar, do abrigo e do escritório, na qual foram gastos muitas dezenas de milhar de euros para promover a Figueira… entre os figueirenses?!…).
Em relação à má qualidade técnica, basta comparar esta campanha com os vídeos de tantos figueirenses, alguns galardoados internacionalmente, que fazem, nas redes sociais, promoção da Figueira, para perceber que, também neste caso, nem sempre o engenho e arte são concedidos por uma qualquer musa."
Via Diário as Beiras
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