Como se poderá comprovar, clicando aqui, na RTP, o debate entre os candidatos à liderança do PSD foi tão fraquinho que deixou uma boa parte do país político em estado de alerta laranja...
“São quase siameses, o Dupond e Dupont és tu e o doutor António Costa”, atirou Santana.
“O teu problema é que passas o tempo a dizer mal de mim”, carregaria, antes de questionar o adversário: “Porque não dizes isso do doutor António Costa?”.
“Porque o PS”, respondeu Rui Rio, “teve a maioria absoluta” nas eleições legislativas que se seguiram à dissolução da Assembleia da República pela mão de Jorge Sampaio. Ou seja, continuou, “legitimaram a decisão” do então Chefe de Estado.
Santana Lopes chamaria ao debate o conteúdo de uma entrevista de Paulo Morais na qual o antigo vice de Rio no Porto considerou que o candidato “já não tira o sono aos interesses instalados”. Insistiu em seguida na pergunta sobre a postura do adversário face ao atual primeiro-ministro: “Combinaste com o António Costa?”.
“Eu nunca combinei nada com o António Costa. Ele é que confiou em ti e te nomeou”, retorquiu Rui Rio, referindo-se ao cargo de provedor da Santa Casa da Misericórdia.
“Eu sei que tens dificuldade em reconhecer a qualidade de trabalho de pessoas do PSD”, acentuaria Santana. “Assinas cartas com António Costa, mais uma vez para bateres em Passos Coelho“.
Sempre a mergulhar no passado, o debate recuou a 1996, quando O Independente noticiou a saída de Santana Lopes do PSD, então liderado por Marcelo Rebelo de Sousa, por alegadamente entender que não havia possibilidade de “regenerar, renovar ou refundar” o partido.
“Quiseste fazer um Partido Social Liberal”, acusou Rui Rio.
Na resposta, Santana desvalorizou a questão, lembrando que também Jorge Moreira da Silva encabeçou um movimento.
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