Um homem isolado é um alvo fácil.
No meio da multidão passa entre o intervalo dos pingos.
O peixe no cardume tem mais facilidade de iludir o predador.
No fundo, é a força imensa do fraco perante o forte: a sua união!
Nunca contamos que nos saia o duque. Essa é sempre uma carta reservada aos outros. Porém, entre as 52 cartas do baralho, há quatro duques que têm que sair a alguém.
As desgraças, tal como os elogios, acontecem sempre aos outros, até ao dia em que nos acontecem a nós!
"Gosto mesmo do Antonio Agostinho é verdadeiramente um homem empenhado na comunidade onde vive desde sempre. As suas ideias são simples mas excelentes. A sua maior arma é a sua Intuição e como ele proprio diz " raramente falha". Neste momento é a consciência desta civilidade larvar, em que o servilismo, o clientelismo e o individualismo imperam! Ah e diz Verdades sem temer, sem temor!
Leiam-no, mas devagar, com calma, como se degustassem uma refeição de superior qualidade. Cada ingrediente deve ser vigorosamente sentido. Porque se não o fizerem "enchem a barriga" e voltam "a ter fome" e não perceberam patavina!
Sarabá poeta amigo!"
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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