terça-feira, 18 de julho de 2017

Só me dá vontade de sorrir. Na Figueira, continua a ser sempre carnaval...

Os pormenores interessam-me. São eles que poderiam fazer a diferença, quando olho para este conjunto de fotos. Mas, ao tentar notar aquilo que pode passar despercebido aos demais, para elaboração de hipóteses, decisão e rumo, para a Figueira, para depois de outubro próximo, começo a encontrar cada vez menos diferença!  No fundo, é mais do mesmo: estes três políticos são todos iguais. Apenas têm caras diferentes para que se possam distinguir uns dos outros.
O vereador Miguel Almeida, ontem, na reunião de câmara, desafiou João Ataíde a assinar já a renovação do contrato do RFM SOMNI – O Maior Sunset de Sempre por mais quatro anos, antes de 1 de outubro próximo, data da realização  das eleições autárquicas 2017.
"O evento é para continuar?", questionou o autarca da oposição. 
“O “Sunset” continua na Figueira. É esse no nosso propósito e o propósito da promotora”, respondeu o presidente. 
Contudo, ressalvou João Ataíde, “o protocolo terminou este ano e não fazia sentido” estar a renová-lo antes das eleições autárquicas. 
“Da nossa parte, não temos nada a opor. Se quiser assiná-lo antes das eleições, pode assiná-lo”, garantiu Miguel Almeida. Até porque, defendeu o vereador do PSD: “Não podemos correr o risco do “Sunset” sair da Figueira”.
Esse risco não existe, garantiu o presidente do executivo camarário socialista. E concluiu: “Com essa abertura, vamos a isso!”
Contactado pelo Diário As Beiras, Carlos Tenreiro, candidato do PSD à câmara, assina por baixo a proposta de Miguel Almeida.
Com a posição assumida pelo PSD, tudo indica que o assunto vai ficar resolvido antes dos figueirenses serem chamados a eleger os seus representantes autárquicos, em outubro de 2017.

Nota de rodapé.
Cito o que escrevi aqui, um dia destes.
A minha azia política é fácil de explicar: já não suporto o estado a que o concelho chegou.
Os lugares políticos na Figueira, tirando algumas honrosas excpções, foram assaltados por gente sem as qualificações humanas mínimas para poderem ser chamados servidores públicos.
Perante este triste cenário, era fundamental que tivesse aparecido uma candidatura diferente!
Uma candidatura e um candidato, para quem a Figueira e o seu concelho, fossem realmente o importante.
Ainda não foi desta vez, porém, que essa candidatura verdadeiramente independente das políticas que têm vindo, há décadas, a arruinar a Figueira e o concelho, foi possível.
No panorama político já definido para ir a votos em outubro 2017, não estou a ver uma candidatura verdadeiramente determinda e com possibilidades de combater o rumo de declínio concelhio, marcado pela obra vergonhosa de PS e  PSD ao longo de 43 anos. 
É pena, pois a Figueira precisava de uma candidatura apostada na exigência inadiável de uma ruptura que levasse a uma verdadeira mudança, que apostasse, não nos remendos possíveis a esta política, mas, sim, numa viragem que nos fizesse navegar com outros ventos e marés na busca de outro rumo.
E, então, o que resta a nós, pobres mortais, fazer?
Pois... 
Continuar a fazer "qualquer coisa de louco e heróico", como escreveu Manuel da Fonseca.

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