O arquitecto Hipólito Bettencourt veio à Gala apresentar a solução A para a praia do Cabedelo. Não explicou porque razão abandonou a solução B, que poupava a destruição da ESCOLA de surf mais antiga e o CAFÉ mais recente.
Que conceito de reabilitação é este que atenta contra a capacidade empreendedora da COMUNIDADE que ao longo das últimas décadas tem construído aquele lugar?
Via SOS CABEDELO
Nota de rodapé.
Castelos no ar no Cabedelo?..
Talvez seja o que vai restar depois deste espalhafato todo!
Nem o sonho! Apenas castelos no ar, que os elementos acabarão por destruir.
Depois, deixará de haver lugar sequer ao sonho.
Contudo, os donos do estado de apatia a que isto chegou continuam ufanos!
Cuidado, que ainda pode vir ainda a ser pior!..
E, entretanto, neste medo atávico em que a Figueira vive, Ataíde vai levando a água ao seu moinho. (Estive para ter substituído a palavra moinho por caneco, mas tive receio de ser mal interpretado!)
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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