domingo, 23 de julho de 2017

Gosto de lugares calmos...


Tenho um fraquinho muito grande e especial pelo Cabedelo.
Os desgostos e as agruras da vida, nomeadamente o mal de inveja, a bruxaria e o mau olhado, levaram este blogueiro até esta praia.
É aqui que, quase todos os dias, se refugia na companhia dos marginais, como ele, que por cá deambulam.


O Cabedelo,
é um lugar calmo,
mas onde se pressente a fúria
e a alegria 
nesta maré de incertezas
e destroços.

O Cabedelo,
é um lugar de encontros e desencontros,
de peixes raros,
alguns coloridos,
de memórias à esquina do ouvido,
e do mar em fundo 
companheiro da voz.

O Cabedelo,
é um lugar de gaivotas,
de Liberdade.
Onde nenhum coração se rasga
na praia tranquila
por outro motivo que não seja de amor...

Não me roubem o Cabedelo.


A minha vida foi isto: havia tanta coisa que queria e no fim ficava sempre sem nada.
Desta vez imaginei que não perdia nada...
Agora que, ao que dizem, vou ficar outra vez sem nada, parece que afinal vou perder  algo!..

É  sempre a mesma coisa...
Por  isso,  nunca mais digo o que desejo e o que quero...
Tenho muita pena de não ter formação musical clássica.
Isso nota-se na música chorada que por aqui é cantada, acompanhada de forma rudimentar à viola... 
Gosto de parar a espaços e deixar os sentidos fazer o que eles sabem. 
Todas as máquinas precisam de resets. 
Todos os corpos precisam de sol. Todas as almas precisam  de silêncio. 
E de pausas.
O pôr do sol no Cabedelo,  em harmonia com a natureza, é o meu oxigénio para a alma.
Serve para entender o aqui e o agora, que, neste caso, é mais palpávell e visível do que nos dizem ser o que vem a seguir.

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