António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
segunda-feira, 24 de abril de 2017
Figueira, cidade (sociedade) dos gatos...
Já há muito tempo que não comia uma banana.
Aconteceu ontem, por mero acaso...
E foi assim, por mero acaso que, nesta manhã, dou comigo a pensar que a banana se tornou um fruto demasiado precioso para simbolizar esta cidade.
O fungo da foleirice invadiu tudo.
O concelho devia ser evacuado para ser devidamente desinfectado.
Estou tão optimista, que já dou como dado adquirido que não serve de nada escolher entre um Ataíde e um Tenreiro.
Estou a começar a equacionar, seriamente, que o único protesto decente é conseguir ir contribuindo para que a Figueira e o concelho, um dia, fiquem entregues aos seus ratos.
Que constituem uma maioria completamente absoluta.
Têm é de se unir...
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