A operacionalidade do aceso ao hospital da Figueira, é um tema que diz respeito a todos nós e que a todos deveria preocupar...
Recorde-se: o sistema pago entrou em vigor no início de Novembro de 2013 e colocou, na prática, o hospital dentro de um parque de estacionamento.
A angústia do PS figueirense, na sua condição de anjinho culpado e pecador, no envolvimento da Câmara, via Figueira Parques, no processo do estacionamento pago no Parque de Estacionamento do Hospital Distrital da Figueira da Foz, sito na Gala, faz lembrar a limpeza das casas. Por mais merda que a gente limpe, mais merda aparece...
A 30 de Abril de 2014, na Assembleia Municipal, a coligação Somos Figueira (PSD/CDS-PP/PPM/MPT) apresentou um voto de protesto e revogação da decisão – chumbado pela maioria socialista – apoiando-se num parecer pedido ao serviço municipal de protecção civil que considerou não estarem reunidas “as mínimas condições de segurança” no acesso a viaturas de emergência.
Na oportunidade, Pereira da Costa, também do movimento Somos Figueira, já depois de João Ataíde ter assumido que a empresa municipal está “a perder dinheiro” com a intervenção, considerou que o Presidente da Câmara “já deve estar 50 vezes arrependido” de ter assinado a parceria com o HDFF.
“Foi um mau negócio, perdeu dinheiro, mas deu a entender que estava de acordo. O que a Câmara devia ter dito era que não queria, a posição da Câmara foi absolutamente desastrosa”, afirmou o presidente da bancada PSD na AM.
Na altura, a bancada do PS também avançou com uma moção – esta aprovada – onde, apesar de se manifestar “contra qualquer agravamento de taxas ou custas” associadas ao Serviço Nacional de Saúde, lembra que o parque de estacionamento hospitalar “carecia absolutamente de uma requalificação profunda” e ordenamento.
Luís Ribeiro, deputado municipal do PS, alegou que o Governo não avançou com a obra “por completa falta de capacidade financeira ou de vontade para tal” e que a empresa municipal, ao fazê-lo, defendeu “o bem e o interesse público”.
Em janeiro deste ano, perante as críticas, o presidente da Câmara já tinha defendido a aplicação de um tarifário “quase simbólico” no HDFF, que não onerasse as idas dos utentes à unidade de saúde, mas que deve ter agravado os prejuízos para a empresa municipal Figueira Parques.
Na mesma altura o tarifário foi alvo de alterações – embora mantendo o valor hora, superior ao praticado nos parques e vias públicas da cidade – passando a primeira hora a ser gratuita, assim como a maior parte do período nocturno.
Neste momento, partindo do pressuposto que o presidente da AM já deu cumprimento ao deliberado na última reunião daquele órgão autárquico, por iniciativa da deputada municipal Ana Oliveira, a operacionalidade no acesso ao parque de estacionamento do Hospital, já deverá estar a ser avaliada pela Autoridade Nacional de Protecção Civil.
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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3 comentários:
Luís Ribeiro, deputado municipal do PS, alegou que o Governo não avançou com a obra “por completa falta de capacidade financeira ou de vontade para tal” e que a empresa municipal, ao fazê-lo, defendeu “o bem e o interesse público”.
Ó SR Luís ribeiro...defendeu o bem e o interesse público? vá dar banho ao cão.
Já fiz um comentário no face sobre este tema no face, mas vou repeti-lo aqui para informação dos utentes do Hospital:
Hoje por experiência própria constatei que o sistema é uma merda. Quis sair do parque de estacionamento após introdução do tiket e a cancela não abriu ou abriu e fechou muito rapidamente. De notar que só estava há meia hora no hospital o que me isentava de pagamento. Voltei a portaria a expor o assunto e obrigaram- me a pagar a taxa máxima de 2,20 euros.
Ainda sobre o caso acima, devo dizer que de nada me valeu dizer que a máquina tinha engolido o ticket sem abrir a cancela. Puseram mesmo em dúvida a hora da minha entrada no hospital e como não eu não pude provar a que horas entrei, optaram pelo absurdo de me "multarem". A falta de preparação ou a má vontade do funcionário para resolver o assunto a contento foi evidente. Não se pode conceber qual a ideia da instalação deste sistema num espaço público, pago pelos utentes e doentes que se deslocam ao hospital, muitos deles diminuídos, embora acompanhados de família ou amigos. Para beneficiar os doentes não foi. É de lamentamos a decisão de quem deu o aval a mais um esquema de sacar dinheiros ao contribuinte.
O ticket da multa está guardado para memória futura.
Caro sr. zé foz depois do que lhe aconteceu proponho-lhe uma grandiosa salva de palmas ao PS. que apoiou o projecto.
Depois se só agora notou que o sistema é isso das duas uma ou só foi agora ao hospital ou tem andado um pouco distraído.
Bom natal e um excelente 2016.
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