"Se mesmo em Lisboa e no
Porto é difícil fazer com que a
comunicação social divulgue
o que se faz na área da cultura, imagine-se nas restantes
cidades do país. Por isso,
compreenda-se o nosso desalento ao percebermos que
produzimos eventos dignos
de relevo, mas que não passam as fronteiras do “nosso
quintal”. Foi o que se passou
com a vinda de Fernando
Arrabal à Figueira ou com a
exposição das esculturas de
Laranjeira Santos, só para dar
dois exemplos.
A macrocefalia de Lisboa
continua a afogar o país e a
tentar fazer crer que o resto
são umas pracetas onde se
levam os cantores pimba
para fazer programas de
entretenimento de gosto e
interesse duvidoso; e onde
acontecem, de vez em quando, algumas desgraças."
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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5 comentários:
Pois já agora só falta atribuir á comunicação social a culpa do hospital estar dentro dum parque de estacionamento, da praia da claridade estar com aquela aparencia,das passadeiras estarem por pintar do jardim municipal parecer tudo menos um jardim e de alguns passeios das ruas parecerem montanhas russas.
Há pessoas que a dar tiros nos pés têm mais pontaria que o João costa.
Desgraça é ler estes textos.
Caramba não há ninguém na Câmara que divulgue e oriente a mobilização junto das Associações para os voluntários participarem na "Viagem do Elefante"?
Magnífico espectáculo que o grupo ACERT/Tondela tem lavado pela zona centro e Espanha.
Mas é fundamental a participação local,a divulgação junto das associações para que voluntários participem. E a Câmara mostrou a sua indigência ao não divulgar (ou muito mal) o evento na cidade e junto das associações.
Figueira da Foz merecia mais e melhor para receber este espectáculo.
E já não falo do zero de divulgação da Feira do Livro!
DESGRAÇAS!
Alertado para o espectáculo do grupo ACERT/Tondela no próximo dia 1 deAgosto não posso deixar manifestar a minha surpresa.
Motivo? Nesse dia e mesma hora decorrerá no CAE o concerto final do Festival Orquestra Nacional de Jovens.
Ambos espectáculos a não perder e de grande qualidade.
Como programaram dois eventos deste calibre para o mesmo dia ?
Como é possível o departamento da cultura não ter um calendário?
Alertado por este blog para o espectáculo do grupo teatro ACERT/Tondela e para a falta de divulgação,junto das associações,para a participação de voluntários participantes, fiquei desapontado.
Mas mesmo aborrecido estou pois no pelouro da cultura não deve haver calendários. Na realidade,no mesmo dia e hora decorre no CAE o concerto de encerramento do Festival Orquestra Nacional de Jovens,que tem sido um excelente espectáculo.
Como conciliar duas magníficas oportunidades culturais ?
Não há calendários no pelouro da Cultura?
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