Ricardo Salgado está em prisão domiciliária, mas pode sair de casa com autorização do juiz.
Junta-se assim a 1 milhão e meio de desempregados, que não roubaram ninguém, mas foram despedidos para Salgado “sair da crise”.
Espíritos Santos em casa não fazem milagres – enquanto os activos não forem confiscados, e as dívidas continuarem a ser nacionalizadas, os desempregados vão continuar em prisão domiciliária, tendo milhares deles de se apresentar para termo de identidade, residência e humilhação de 15 em 15 dias no centro de (des)emprego.
Supomos que Salgado não será obrigado a frequentar um curso de “empreendedorismo”, “barman” ou “inglês” - são os cursos que o IEPF, sempre a cuidar de um futuro sólido, costuma oferecer a trabalhadores despedidos aos 50 anos de idade.
A realidade neste país é sempre mais dinâmica do que a imaginação.
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