Na passada segunda-feira, dia 29 de junho p.p., a partir das 15 horas, realizou-se mais uma sessão da Assembleia Municipal.
Como faço sempre que posso, assisti a parte da ordem dos trabalhos.
Foi o que aconteceu mais uma vez.
Como, por problemas pessoais, não consegui estar presente no decorrer de toda a sessão, lamentavelmente não assisti a este número político incómodo, triste, surreal e ridículo.
Isto, no mínimo, demonstra a mediocridade da política local, a ausência de preparação das sessões da AM, neste caso, por parte da bancada socialista, e a exibição pública de uma frenética descoordenação geral... Resumindo: incompetência pura.
A notícia, inserta na edição de hoje do jornal AS BEIRAS, que passo a citar, é suficientemente esclarecedora.
"A presidente da
Junta da Quiaios apresentou uma moção na Assembleia Municipal a favor a
construção da variante externa que vai ligar a EN109
à Praia de Quiaios, pela
qual a freguesia aguarda
desenvolvimentos há 10
anos.
A proposta de Fernanda Lorigo advoga que
o Plano Diretor Municipal
(PDM), em fase de revisão,
deve contemplar a obra e
que esta seja realizada logo
que estejam reunidas as
condições financeiras para
o efeito.
Porém, aquilo que parecia uma moção geradora
de unanimidade revelou-se
um pomo de discórdia momentânea. Depois de elencar as diligências feitas pela
autarquia a favor da execução da obra, o presidente da
Câmara da Figueira da Foz
(PS), João Ataíde, adiantou
que acompanha o sentido
da moção. O edil garantiu
ainda que a estrada “será
uma prioridade absoluta na
revisão do PDM”.
Todavia, o líder dos socialistas na assembleia, Nuno
Melo Biscaia, levantou dúvidas legais sobre se o órgão
autárquico tinha competência para votar a proposta
tal como fora apresentada.
O deputado municipal alegou “duvidosa interpretação legal”.
Como tal, advogou, “a moção não deve ser votada”.
Contudo, depois de ouvir
outros argumentos, mudou
de posição e disse: “não nos
causa qualquer incómodo
votar a moção”.
Para Teotónio Cavaco (PSD), que
na ausência de Pereira da
Costa, liderou os social-democratas, o seu homólogo
socialista acabara de protagonizar “uma autêntica
cambalhota”.
A moção acabou por ser
aprovada por unanimidade."
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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