"Não raras vezes, ouço a
crítica, por parte de algumas
pessoas a quem
normalmente se concede o epíteto de forças vivas do concelho,
de que a oposição na Câmara
deveria ser mais vigorosa e
que não devia facilitar tanto a
vida ao presidente da Câmara.
Normalmente, quando ainda
me resta a esperança de que a
crítica é genuína, pergunto quais
os temas que deveríamos ter
abordado e que deixámos de
fora do debate político. É nesse
momento que percebo, pelas
respostas, que afinal não estou
perante uma critica à oposição,
mas sim perante o desejo de
que esta funcione como “barriga
de aluguer” para acertos de
contas entre os meus interlocutores (e o que eles representam)
e o presidente da Câmara. Para isso não estou, obviamente,
disponível. A oposição deve
ser a voz dos que não têm voz
e deve ajudar a resolver os seus
problemas, deve preocupar-se
em defender os interesses do
concelho e procurar defender
as linhas que apresentou no seu
compromisso eleitoral. Assim,
não deve, nem pode, servir de
caixa de ressonância ao interesse
de outros, a quem a cobardia,
a subserviência,ou a conveniência da circunstância impedem
de falar. Tal como no poder,
também na oposição é sempre
possível fazer mais e melhor
e trabalhar para defender o
interesse colectivo, quer com
a apresentação de propostas,
quer chamando a atenção para
os erros da governação. Quem
estiver atento à comunicação
social, às redes sociais e tiver a
preocupação de saber as coisas
fundamentadamente percebe
bem o papel activo, responsável
e fundamental que a oposição
tem desempenhado. Para moço
de recados, entrando em guerras
que não são minhas e com
as quais a Figueira nada ganha,
não contem comigo."
Em tempo.
Para bom entendedor, a crónica de hoje de Miguel Almeida, líder do Somos Figueira, é o "seu" balanço do "seu" mandato como vereador na oposição. A meu ver, não é apenas "O Recado" para "algumas pessoas a quem normalmente se concede o epíteto de forças vivas do concelho", mas "alguns recados", não só para o exterior, mas, também para dentro do PSD local.
Será que vai haver clarificação nos próximos meses?..
Depois dos anos em que passou pelo poder na Figueira a credibilidade do partido de Miguel Almeida ficou em baixo - e ele sabe, melhor do ninguém, porquê.
Para o PSD recuperar, não basta a continua descredibilização do PS figueirense.
Seria um erro confundir isso como um reforço da credibilidade do PSD na Figueira: uma coisa é uma coisa, e outra coisa é outra coisa - são coisas muito diferentes.
1 comentário:
Mas estas questões não se resolvem nas reuniões da concelhia do partido?
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