António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
sexta-feira, 5 de junho de 2015
O Pedro fotografou o que viu. A sua arte é filha da memória…
“A exposição não tem cor
política, é apenas um alerta
e um retrato informativo sobre o estado da costa de São
Pedro. O aproveitamento político que fizeram transcende-me totalmente”, declarou Pedro Agostinho Cruz ao DIÁRIO AS BEIRAS. E conclui:
“Sou fotojornalista. Como
tal, compete-me retratar a
realidade. Sempre pensei que
praticar a minha profissão
de forma isenta, livre e responsável fosse um ato de
coragem, mas assim não foi
entendido por algumas pessoas”.
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