sábado, 20 de junho de 2015

O lixo comunicacional que nos rodeia

“Pelo crime de corrupção, o Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) acusou, nos primeiros seis meses deste ano, mais dois arguidos do que em todo o ano 2014 e o triplo dos acusados em 2013.
No entanto, desde 2010, apenas um dos 17 processos em que deduziu acusações por corrupção, activa ou passiva, resultou em condenações.” 

Gosto muito de jornais.
Não há nada que mais me irrite que um jornal falsamente noticioso e isento.
A capa do mesmo Jornal de Notícias de hoje, na sua edição em papel, ostenta estes títulos extraordinários:
"Acusações por corrupção duplicam em meio ano".
E logo abaixo, à esquerda e a vermelho:
"Prisão de Sócrates prejudica resultados eleitorais do PS"

Admito que um órgão de comunicação social possa ser apoiante de um qualquer partido (ou de uma coligação, ou de um clube de futebol, ou de um clube de pesca desportiva, ou de uma marcha popular de uma bairro, ou do raio que o parta...), mas deve identificar-se claramente como tal. 
Não o fazer, e querer passar por isento, é contribuir para uma cidadania menor.
Este pasquim, já foi um jornal de referência! Lembram-se?

Eu sei no mundo em que vivo. Há pressões em todo o lado. Em qualquer lugar, função ou desempenho, público ou privado, íntimo ou social, o que há mais é pressão, desde a imperial ao café, desde o desempregado ao executivo de topo.
Toda a gente faz pressão sobre toda a gente. 
Quem não pressiona não ganha. 
Eu sei que sempre foi assim na vida comum e na vida política. 
Mas, é precisamente por isso que me consideram do contra: ainda está para nascer quem me há-de conseguir pressionar.

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