sexta-feira, 3 de abril de 2015

Zé - 15 anos depois continuas vivo na memória de alguns...

Morreu em 28 de Abril de 2000. Tinha nascido a 17 de Fevereiro de 1941. Nome completo: José Alberto de Castro Fernandes Martins. Para os Amigos, continua a ser simplesmente o 
Com a sua morte, a Figueira perdeu uma parte do seu rosto. Não a visível, mas a essencial.
Andarilho e contador de histórias vividas, o Zé Martins passou em palavras escritas pelo Notícias da Figueira, Diário de Coimbra, Diário Popular, Jornal de Notícias, Diário de Lisboa, República, Opinião, Vértice, Mar Alto (de que foi co-fundador), Barca Nova (de que foi fundador e Director) e Linha do Oeste. 
Como escreveu Hamlet, “o mundo está fora dos eixos. Oh! ... Maldita sorte! ... Porque nasci para colocá-lo em ordem! ...”. 
D. Quixote considerou que  “era  o seu ofício e exercício andar pelo mundo endireitando tortos, desfazendo agravos”. 
O  Zé considerava essa também a sua principal missão: “também a lança pode ser uma pena/também a pena pode ser chicote!” 
Hoje, António Augusto Menano, na sua crónica habitual das sextas-feiras no jornal AS BEIRAS, ao escrever “Sobre o esquecimento” lembra a determinado passo o ZÉ: “Os deveres, sim, isso é coisa de somenos. E quase fico a pensar que tudo é esquecível. Mas há coisas que não se esquecem. Recordarei pessoas, a maior parte delas humildes: o sr. Santos, que na biblioteca, à época situada por cima de onde hoje estão os Bombeiros Municipais, me ia “recomendando” livros, muitos dos quais eram mesmo maus, mas a verdade era que se interessava por mim. Recordarei os meus amigos Sousa Cardoso e António Jorge da Silva, obreiros, com outros, do Mar Alto, do Zé Martins, um grande esquecido (embora não pareça) desta terra; do Catitinha, que alguns “terrores” me provocou; do Mário, que me salvou de ser levado pelo temporal arrastado por cima do muro da Santa Casa da Misericórdia, democrata, antifascista, para mim, por essa altura, um amigo da família que era carteiro.” 
Meu caro e irreverente Zé - Amigo e Mestre: confesso que por vezes me assola a  maldita sensação de que se a pena é uma arma – e é,  também é pouco para o combate desigual contra quem, sem pudores ou escrúpulos de qualquer espécie,  nos combate com as mãos enfiadas nos nossos bolsos agredindo-nos até às entranhas.

1 comentário:

Anónimo disse...

Era bom que alguns jornalistas (jornaleiros) da nossa praça se informassem quem foi zé martins.
Um Sr. que nunca se vendeu ao contrario do que infelizmente hoje vai acontecendo.
A carapuça serve a quem a quiser enfiar.