Via jornal Público
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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1 comentário:
Dedicatória: para "Vós que viveis tranquilos / Nas vossas casas aquecidas” - Primo Levi
São coisas assim que precisamos ler, que nos falem da “realidade dos pobres”!!!
Coisas que não inspirem a indiferença; um flagelo tão comum que atinge tão depressa os que mostram uma indignação previsível como os que tentam desesperadamente transmitir um tédio artificial sobre tudo o que mexe.
Coisas como as palavras de um tal de Manuel Lemos (presidente da União das Misericórdias, como é possível?), quando afirma que "ser pobre é uma questão de auto-estima, acima de tudo".
E que fazer agora que corremos o risco de deixar de ir “brincar aos pobrezinhos nas casas da Comporta”?
(…)“O capital unido jamais será vencido! Há que pôr a compaixão na gaveta e no terreno uma vontade de ferro, pois avizinha-se a batalha decisiva desta guerra de classes. E, passada a turbulência, cá estaremos, accionistas do futuro, para herdar a Terra.” - José Miguel Silva, “FALA O DIRECTOR-GERAL” , Janeiro 2014
E eu sou economicamente viável ou inviável? Respondam lá, carago!
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