Estava hoje o Mercado da Figueira num sossego reflectido pela "crise do mundo"...quando a meio da manhã entrou e se instalou junto à porta histórica da "Sala de Visitas" da Figueira da Foz, uma banda de música "pautada" por uma "trompete mágica"que arrancou dos comerciantes locais e clientes o instinto imediato na organização de um "Baile" a preceito...
Ao que se consta, tudo foi arquitectado minuciosamente pelo ex.Presidente da Direcção da Associação de Comerciantes do Mercado da Figueira...
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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