.... demissão à vista?...
Relvas, apertado e vigiado de perto, não aguentou a pressão e com a intenção de cortar cerce qualquer tentativa de continuação de tratamento jornalístico de um assunto de que aparentemente se tinha “safado”, acabou por se enredar ainda mais na teia em que desde há muito está enleado.
Tentou amedrontar uma jornalista do Público que o interpelou sobre o depoimento que prestara no Parlamento com as habituais ameaças de boicote do jornal e com um outro tipo de ameaça que acaba por o incriminar mais a ele do que molestar a ameaçada: expor na internet detalhes da vida privada da jornalista se a insistência no tema das "secretas" continuasse a ser notícia.
E por aqui se vê que Relvas está muito longe de possuir a tal agilidade intelectual que alguns propagandisticamente lhe atribuíam, pois o seu comportamento demonstra que ele não percebeu que uma ameaça daquele género o expunha gravemente pela natureza das fontes a que necessariamente tivera de recorrer para a poder concretizar: a que serviços, a que detectives, a que espionagem terá recorrido Relvas para conhecer os dados da vida privada da jornalista?
O Público, a direcção do Público, como seria previsível, tentou abafar o caso, não lhe dando publicidade. Felizmente, os jornalistas do Conselho de Redacção num gesto nobre e corajoso puseram tudo a nu num comunicado hoje publicado. Posta perante a divulgação dos factos, a direcção, embora desvalorizando o assunto, acabou por confirmar as ameaças.
É o começo do fim de Relvas. Pode não ser demitido. Provavelmente não será. A teia que o enleia, enleia também muita gente. Mas politicamente está ferido de morte.
Daqui se concluindo que Relvas, contrariamente ao que se supunha, não vai estar à altura dos “grandes nomes” do PSD. Ainda lhe falta muito para chegar às performances desses "grandes nomes". Mal começou a dar os primeiros passos institucionais logo ficou pelo caminho…
Nota: título inspirado aqui.
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