quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Haiti

Escrevi há dias num post:

“Acostumados a esperar lamúrias e lágrimas fáceis de sobreviventes de algumas tragédias que vão acontecendo por aqui, os repórteres, no terreno, e os editores, no estúdio, não têm, quanto a mim, conseguido ver e passar o essencial: os sintomas de estoicismo nos habitantes de um país onde o pior parece ser uma sina. A cobertura do terramoto, tal como tudo em televisão nos dias de hoje, virou espectáculo sensacionalista.”

Hoje, aconteceu o impensável na cobertura de uma catástrofe daquela dimensão pois, o jornalista não é a notícia.

"Ainda mais quando se trata de um ferimento sem gravidade. Ainda mais quando estamos a falar do Haiti. Ainda mais quando é a notícia de abertura de um bloco noticioso.”

Vejam o vídeo


As melhoras do jornalista, que acredito não ter qualquer responsabilidade por esta falta de critério informativo e jornalístico.

2 comentários:

João Henrique disse...

É verdade, os critérios ( ou falta deles)jornalísticos são de facto uma coisa que por vezes niguem entende neste País.
Para nosso bém, reta-nos a net para saber o que vai passando no mundo.

João Vaz disse...

A RTP dá mais importância ao seu jornalista do que à tragédia de milhares de pessoas...
E depois envia o José Rodrigues dos Santos para o Haiti, enviado especial. Quanto custa aos cofres do Estado este despesismo inútil ? Não poderiamos ter um resumo do que se passa através dos relatos de outros enviados ? Não está lá uma jornalista portuguesa ao serviço da ONU ? Está, mas à RTP não interessa conter os custos, mas sim promover as "suas estrelas".