quarta-feira, 19 de janeiro de 2022

Em causa estão 3.000 metros quadrados, em Tavarede...

Via Diário as Beiras
"A Câmara da Figueira da Foz vai analisar uma sentença do Tribunal da Relação de Coimbra que obriga o município a pagar por um terreno seis vezes mais do que o valor estimado pela avaliação municipal.
Na reunião de hoje do executivo municipal, o presidente Pedro Santana Lopes, eleito pelo movimento Figueira a Primeira, disse aos jornalistas que a autarquia vai ver “se tem base para recorrer ou não” da decisão judicial.
O terreno, de quase 3.000 metros quadrados, em Tavarede, obteve uma avaliação de 31 mil euros pelo perito municipal, enquanto a avaliação dos proprietários apontava para uma quantia de 57.800 euros.
Sem acordo entre município e proprietários, a área foi expropriada pela autarquia figueirense, que tomou posse administrativa, tendo o processo seguido para contencioso, com os peritos do Tribunal da Relação de Coimbra a fixarem o valor do terreno em 192 mil euros.
O terreno foi utilizado pelo anterior executivo para a construção de um parque de estacionamento, em frente à igreja de Tavarede, na zona norte do concelho da Figueira da Foz.
“É uma situação insólita, de facto, ainda por cima a obra custa menos do que o valor pelo qual está calculado o terreno”, sublinhou Pedro Santana Lopes.
O presidente do município informou hoje os restantes elementos do executivo do acórdão judicial, salientando que se trata de uma decisão “que ninguém consegue perceber” face “a uma diferença destas”.
O terreno em causa constava do Plano Diretor Municipal como área de construção, mas com a aprovação de uma Área de Reabilitação Urbana, que se sobrepõe àquele documento, deixou de ser zona de edificação, disse o vereador socialista Carlos Monteiro, ex-presidente da Câmara.
O autarca do PS frisou que nunca foi prática do município “comprar algo sem pedir uma avaliação”, que foi pedida a um perito de “reconhecida capacidade e competência técnica para estas avaliações”.
Carlos Monteiro considerou a avaliação judicial desproporcionada e a vereadora da mesma bancada Ana Carvalho defendeu que o município recorra da decisão judicial."

Sem comentários: