Acabei de ouvir Rui Rio, no final de uma arruada no Porto, afirmar para animar as hostes, "que quem quiser mudar de governo o voto útil é no PSD"!..
Isto vai agravar-se até domingo. Vamos continuar a ser massacrados.
Suportados em sondagens eleitorais que se atropelam, com resultados para todos os gostos, os órgãos de Comunicação Social procuram-nos fazer crer que o mais importante é quem ganha e quem fica em terceiro lugar.
Esta estratégia comunicacional tem fim em vista: beneficiar o poderoso bloco central de interesses (PS ou PSD sozinhos ou juntos), procurando fazer-nos esquecer o que todos aprendemos em 2015: não é a força política que tem mais votos nas eleições que, por isso, ganha o direito a indicar o primeiro-ministro.
As eleições servem para eleger a Assembleia da República - os 230 deputados que a constituem. Serão estes, de acordo com a correlação de forças final, a definir quem vai, ou não, para o Governo.
Este facto deita por terra a questão do chamado "voto útil" no PS ou no PSD, que tem perpetuado estes partidos nos governos.
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