«Há razões para a desesperança. Claro que há. Porém, o caminho é coletivo, sempre o foi – o poder é sempre a emanação da sociedade, na generalidade uma não é diferente da outra. A revolução que precisamos é a de mentalidades, é a da sociedade civil, é a de organizações que possam assumir o papel de vanguarda social, política, económica. Um desafio para homens e mulheres livres. Dentro dos partidos e fora dos partidos. Livres de ortodoxias ou de heterodoxias porque conscientes dos paradoxos.
Gente que acredite em fábulas como esta que, numa noite fria, me foi contada por uma amiga.
Num incêndio numa floresta um passarinho recusou-se a fugir. Ao contrário de todos os outros animais que fugiam das chamas, o passarinho insistiu em transportar água no bico como se fosse um helicóptero. Deixava-a cair como uma lágrima e voltava ao riacho. Um apavorado elefante diz-lhe para não ser idiota, pergunta-lhe o que está a fazer. O passarinho incrédulo com a interrogação respondeu-lhe com um óbvio “faço o que posso”.»
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