sábado, 11 de abril de 2020

COLECTIVIDADES... (5)

"Costumamos dizer que o nosso concelho é o que tem mais coletividades, no contexto nacional. Cerca de 180, mais um número significativo de associações e clubes desportivos com algum significado para as diferentes correntes agregadoras sociais do nosso concelho. Provavelmente, não lideramos o número de coletividades e associações em termos absolutos, porém estou certo de que estaremos na liderança de número de associações por habitante. Quando analisamos uma coletividade, deveremos ter em conta não só atividade, mas também o histórico- aquilo que verdadeiramente, é património coletivo de uma determinada instituição, cuja relevância nunca poderá ser avaliada por critérios estabelecidos por mim ou por qualquer identidade, que não estando inseridos na realidade social de todas e cada uma das coletividades, não terá a capacidade de decidir por um grupo de cidadãos . Por esse motivo, considero que a Figueira possui as coletividades que a população acha que devam existir. Uma questão que levanto regularmente é relativa ao não rejuvenescimento das coletividades figueirenses, sendo que esse é um dos desafios que as coletividades enfrentam hoje em dia. As coletividades possuem o potencial de poder aglomerar jovens de uma forma completamente diferenciada de um qualquer espaço social. Ter jovens nas coletividades traria a capacidade de produzir projetos inovadores e diferenciados que permitiriam às associações do nosso concelho diversificar as suas ofertas. É uma questão de organização, dado que os apoios existem para isso. O desafio é enorme, a elevada carga horária da escola, a precaridade laboral a que as novas gerações são sujeitas, o abandono da terra natal em tenra idade para ingressar no ensino superior e o facto de conseguirmos estar em contacto permanente com todos através dos aparelhos que transportamos no nosso bolso são fatores de afastamento da participação dos jovens nestas organizações. Mas vale a pena idealizar um futuro, em que os jovens deem os seus contributos para adaptar as coletividades às suas visões do mundo."
Via Diário as Beiras

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