O Novo Banco transferiu milhares de euros, por engano, para ex-clientes e, agora, a recuperação não é automática!..
Segundo o que li no jornal Público, "os beneficiários têm de autorizar a anulação da transferência, caso contrário só os tribunais podem obrigar à devolução do dinheiro."
Que engano, no mínimo curioso, este... Um gajo engana-se e, depois, aquilo transforma-se um monte de complicações administrativas...
O vinho é bom. No entanto, estou com um azar do caraças: neste momento, nem um copo, depois do jantar, posso beber...
Maldita gripalhada!..
Assim, não consigo descartar a realidade.
Quem pensa que os instrumentos de tortura medieval fazem parte do imaginário, estão completamente enganadinhos...
Eles continuam a existir, mas de forma mais sofisticada.
Agora, são as chamadas gorduras do Estado. A saber - as redução de pensões e salários, perda de subsídios, aumento de impostos (o Príncipe John já o fazia, mas existia um Robin Hood, que tanta falta nos faz hoje...), desemprego em massa, portagens nas auto-estradas, o preço da água, da electricidade e do gás, etc. ...
E tudo isto para quê?...
Para voltarmos a brincar às casinhas e aos carrinhos!..
Os Bancos adoram essa brincadeira...
Durante anos, no tempo das vacas gordas, comprámos a casinha e o carrinho que sonhámos, a um preço exorbitante, e os Bancos ainda nos faziam sentir agradecidos pelo inferno em que, a partir daí, tornámos a nossa vida, para cumprir, e poder ficar com aquilo que nos pertencerá, um dia (!..), pelo dobro ou triplo do preço real da tal casinha e do tal carrinho...
Entretanto, o Novo Banco, liderado por Stock da Cunha, continua a não estar disponível para esclarecer este engano...
Os bancos podem ser tudo, menos gente de bem.
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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